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Sempre
me apeguei a alguns veículos da imprensa brasileira, graças, principalmente,
aos seus cronistas. Por causa de Rubem Braga, colecionei, por muito tempo, as
edições do Diário da Noite, jornal
editado no Rio, em tamanho tablóide, que embora não fosse tão bom em se
tratando de notícias, era primeiro sem segundo, para mim, por causa das
crônicas do meu cronista preferido. E só parei de colecionar o jornal porque,
num certo dia, ele deixou de circular.
Com a antiga revista
O Cruzeiro não foi diferente:
rendi-me aos encantos da revista, como um todo, indo das reportagens de David
Nasser ao Amigo da Onça, do meu amigo
Péricles, mas não tinha como fugir à sua principal atração, ao pedacinho da
edição que me cativava tanto e que, por capricho da natureza, ficava em sua
última página: as crônicas, sempre belas e humanas, escritas por Rachel de
Queiroz.
Era a única
revista que muita gente, como eu, começava a ler por sua última página, de trás
para frente, pois era lá, na última página,que estava a crônica de Rachel.
Nascida em 17
de novembro de 1910, em Fortaleza, no Ceará, Rachel de Queiroz se destacou como
escritora, publicando os livros O Quinze,
As Três Marias, Lampião e tantos
outros, além das peças teatrais A Beata
Maria do Egito e O Menino Mágico,
obras premiadas nacionalmente.
Cronista
emérita, publicou mais de duas mil crônicas, cuja seleção de algumas delas
proporcionou a publicação dos seguintes livros: A Donzela e a Moura Torta, 100
crônicas escolhidas, O Brasileiro Perplexo e O Caçador de Tatu.
Tendo sido a
primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras- eleita para a
Cadeira nº 5, em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Cândido Mota Filho –
Rachel de Queiroz foi recebida, em 4 de novembro de 1977, pelo acadêmico
Adonias Filho, acabando, de uma vez por todas, com o famoso clube do Bolinha(onde menina não
entrava) da nossa maior academia.
Em suas
crônicas, contava, com simplicidade, as novidades da semana e conquistava, à
cada história que relatava, a admiração de milhares de leitores. No último dia 04
de novembro, os brasileiros lamentaram os nove anos de saudades de Rachel,
desde o dia em que Deus a levou do nosso convívio com a mesma tranqüilidade com
que ela sempre viveu entre nós.
Naquele dia
fatídico, ela se deitou para dormir, pensou em Deus como sempre e adormeceu -
para nunca mais acordar.
E foi assim
que Rachel de Queiroz passou a viver o sonho da eternidade, deixando, em cada
um dos seus fãs, uma saudade eterna.
Sempre
me apeguei a alguns veículos da imprensa brasileira, graças, principalmente,
aos seus cronistas. Por causa de Rubem Braga, colecionei, por muito tempo, as
edições do Diário da Noite, jornal
editado no Rio, em tamanho tablóide, que embora não fosse tão bom em se
tratando de notícias, era primeiro sem segundo, para mim, por causa das
crônicas do meu cronista preferido. E só parei de colecionar o jornal porque,
num certo dia, ele deixou de circular.
Com a antiga revista
O Cruzeiro não foi diferente:
rendi-me aos encantos da revista, como um todo, indo das reportagens de David
Nasser ao Amigo da Onça, do meu amigo
Péricles, mas não tinha como fugir à sua principal atração, ao pedacinho da
edição que me cativava tanto e que, por capricho da natureza, ficava em sua
última página: as crônicas, sempre belas e humanas, escritas por Rachel de
Queiroz.
Era a única
revista que muita gente, como eu, começava a ler por sua última página, de trás
para frente, pois era lá, na última página,que estava a crônica de Rachel.
Nascida em 17
de novembro de 1910, em Fortaleza, no Ceará, Rachel de Queiroz se destacou como
escritora, publicando os livros O Quinze,
As Três Marias, Lampião e tantos
outros, além das peças teatrais A Beata
Maria do Egito e O Menino Mágico,
obras premiadas nacionalmente.
Cronista
emérita, publicou mais de duas mil crônicas, cuja seleção de algumas delas
proporcionou a publicação dos seguintes livros: A Donzela e a Moura Torta, 100
crônicas escolhidas, O Brasileiro Perplexo e O Caçador de Tatu.
Tendo sido a
primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras- eleita para a
Cadeira nº 5, em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Cândido Mota Filho –
Rachel de Queiroz foi recebida, em 4 de novembro de 1977, pelo acadêmico
Adonias Filho, acabando, de uma vez por todas, com o famoso clube do Bolinha(onde menina não
entrava) da nossa maior academia.
Em suas
crônicas, contava, com simplicidade, as novidades da semana e conquistava, à
cada história que relatava, a admiração de milhares de leitores. No último dia 04
de novembro, os brasileiros lamentaram os nove anos de saudades de Rachel,
desde o dia em que Deus a levou do nosso convívio com a mesma tranqüilidade com
que ela sempre viveu entre nós.
Naquele dia
fatídico, ela se deitou para dormir, pensou em Deus como sempre e adormeceu -
para nunca mais acordar.
E foi assim
que Rachel de Queiroz passou a viver o sonho da eternidade, deixando, em cada
um dos seus fãs, uma saudade eterna.
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