sábado, 8 de maio de 2010

CRÔNICA DA SAUDADE


AS MÃES DE TODOS OS DIAS

Todo bom filho, que reconhece a força, a importância e a grandeza do amor materno na consolidação de todas as conquistas da sua vida, sabe muito bem que cada dia de sua existência é um período de tempo a mais que deve ser dedicado à demonstrações de afeto e de carinho que possam comprovar todo o reconhecimento que deve ser dado àquela mulher que garantiu a sua presença no mundo e que tudo fez para torna-lo feliz. Às mães devem pertencer, portanto, todos os dias das nossas vidas.

E o Dia das Mães do calendário – este que é oficialmente dedicado à todas as mães do mundo e que é comemorado no segundo domingo do mês de maio, todos os anos – como é que surgiu ?

Segundo se sabe, foi a americana Ana Jarvis, nascida no estado da Virgínia Ocidental, filha de pastores que, ao perder sua mãe, em 1905, ficou profundamente abatida e caiu em depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana aceitou a sugestão, desde que a festa fosse estendida à todas as mães, vivas ou mortas, e que aquela data fosse sempre lembrada, todos os anos, fortalecendo os laços familiares. A idéia de Ana, três anos depois, repercutiu, finalmente, junto ao governador William Glasscock, da Virgínia, que incorporou o Dia das Mães ao calendário daquele estado. Em 1914, o presidente Wilson, dos Estados Unidos, unificou a celebração em todos os estados americanos, estabelecendo que o Dia das Mães seria comemorado no segundo domingo do mês de maio, por sugestão da própria Anna Jarvis.

Em bem pouco tempo, mais de quarenta países adotaram a mesma data para suas homenagens às mulheres-mães, inclusive o Brasil, que festejou o seu primeiro Dia das Mães em 12 de maio de 1918, promovido pela Associação Cristã dos Moços de Porto Alegre, mas foi o presidente Getúlio Vargas, em 1932, que oficializou, para todo o país, o segundo domingo de maio, o que vem ocorrendo até os dias atuais.

Anna Jarvis passou toda a sua vida lutando para que as pessoas reconhecessem a força e a importância das mães em nossas vidas. Ela dizia às pessoas que todos deviam agradecer diariamente o amor que sempre receberam das suas mães. Anna morreu em 1948, aos 84 anos, tendo recebido cartões comemorativos de todo o mundo por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Coelho Neto, que sempre foi um grande escritor, virou poeta e fez um soneto que termina assim e que sintetiza toda a grandeza de ser mãe:Todo bem que a mãe goza ébem do filho,/espelho em que se mira afortunada./luz que lhe pôe nos olhos novo brilho !/Ser mãe é andar chorando num sorriso !/Ser mãe é ter um mundo e não ter nada !/Ser mãe é padecer num paraíso !

Amor de mãe, o filho sabe, é para sempre.

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