quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 25/01/2012



PARABÉNS, TABAJARA

             Foi a partir de 1930 que o paraibano começou a sonhar com uma emissora de rádio, quando foi criada, embora modestamente, a Rádio Clube da Paraíba, que pretendia, a exemplo do que já ocorrêra no Recife com a Rádio Clube de Pernambuco – a famosa PRA-8 -, transmitir o seu sinal para todo o nordeste.

            Só que a nossa Rádio Clube, durante os poucos anos em que esteve no ar, nunca passou de uma simples associação, formada por amigos que lutavam por uma radiofonia eminentemente paraibana ou de um grêmio recreativo quase sem fins lucrativos, reunindo clubes de audiência no Ponto-de-Cem-Réis para sintonizar e ouvir a emissora, até que o Governador Argemiro de Figueiredo, em 1937, resolveu encampa-la, criando, em seu lugar, a Rádio Tabajara da Paraíba – a nossa PRI-4 -, que surgiu como uma verdadeira emissora de rádio, levando a sua programação às principais cidades do estado, a partir do dia 25 de janeiro de 1937.

            Logo no primeiro ano, a Rádio Tabajara já era o xodó dos paraibanos. Do namoro inicial – surgido não à primeira vista, mas ao primeiro som -, logo surgiu um pedido de casamento, um noivado oficial e, logo em seguida, um pomposo casamento da  emissora com o povo paraibano,  relação que segue firme até hoje, cheia de amor, sem data para chegar ao fim.

           Já são setenta e cinco anos de intensa convivência - com o povo gostando cada vez mais da sua rádio e com a rádio procurando, a cada dia, agradar mais ainda aos seus ouvintes, criando sempre novas atrações – os dois tudo fazendo para que o amor de ontem continue cada vez mais forte nos dias de hoje.

           É bem verdade que ficaram na saudade os programas de auditório, sob o comando de Paschoal Carrilho e Jacy Cavalcanti, assim como um sem número de outras vozes que ninguém esquece, como Orlando Vasconcelos... Humberto Lucena... Fernando Milanez... José Santa Cruz... Jonildo Cavalcanti... Antonio Assunção... e tantas outras que foram registros marcantes de suas épocas. É bem verdade que já não existem mais as radio-novelas... as audições festivas da Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, no palco da emissora, como em outros tempos...  os grandes shows na Lagoa, em noites que se tornaram inesquecíveis. A gente sabe que o rádio é mutante... que ele se transforma com o passar do tempo... que os astros e estrelas se revesam na continuidade do seu fascínio... que outras vozes, hoje, tão cativantes como as de ontem, já se comunicam com os paraibanos, mantendo no ar aquela mesma magia... aquele mesmo encanto de outros tempos !

               A Rádio Tabajara é uma testemunha ocular da própria história da Paraíba... história que ela relata para os seus ouvintes... história que ela guarda, nos seus arquivos, da melhor maneira: captando vozes e sons... para sempre.

               Tabajara... 75 anos... pronta para o futuro !   

                               http://www.youtube.com/watch?v=Ur4CJ741uJI&feature=related
                                                                           

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 19/01/2012



ELIS REGINA

                                                                         


                                 Nascida em Porto Alegre, no dia 17 de março de 1945, Elis Regi-na Carvalho Costa já demonstrava, desde criança, tendências para o canto e para a dança, mas escondia, com seus ares infantis cobertos de tanta meiguice, a jovem ou-sada, temperamental e corajosa em que haveria de se transformar com o passar do tempo, revelando a sua verdadeira e definitiva identidade.
                                 Como cantora e consagrada intérprete de grandes sucessos da nossa música popular, Elis, com certeza, jamais será esquecida. Quem poderá jamais, tendo vivido na mesma época em que ela conquistou o coração de todos os brasilei-ros, esquecer as suas interpretações impecáveis de músicas que se eternizaram em nossa memória, como “Madalena”, “Como Nossos Pais”, “O Bêbado e a Equilibrista”,
além de um sem número de outros sucessos dos então pouco conhecidos Milton Nas-cimento, Ivan Lins, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco e tantos outros que usaram a sua voz para poder saltar no trampolim da fama.
                               Elis sabia interpretar melhor que ninguém os principais ritmos da época, aventurando-se pelos muitos gêneros da MPB, passando do samba à bossa no-va, do rock ao jazz, mostrando sempre a força da sua interpretação, ora sozinha, ora em duetos famosos, como os que fez com Jair Rodrigues, Tom Jobim, Wilson Simonal, Rita Lee e Chico Buarque.
                                Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, diretor do programa “Fino da Bossa”, e foi deste relacionamento que nasceu João Marcelo. Com o primeiro casamento desfeito, casou-se com o pianista Cesar Camargo Mariano, com quem teve os filhos Pedro Mariano e Maria Rita, hoje cantora de sucesso. Foi Mariano quem a ajudou a fazer arranjos de muitas músicas antigas e a dar novas roupagens à elas, co-mo fez com o famoso “É com esse que eu vou”.
                                Temperamental, do tipo que não gosta de levar conversa pra ca-as, Elis mostrou todo o seu temperamento em 1978, quando a cantora Rita Lee foi presa, acusada de porte de maconha. Ao saber da prisão da amiga, Elis foi ao presídio do Hipódromo, na região central de São Paulo, a fim  de visitar a companheira de pro-fissão. Em plena ditadura militar, armou um escândalo, pediu para ver a cantora e exi-giu que um médico a examinasse, já que ela, à época, estava grávida.
                                  Num outro episódio, já esquecido, ocorrido no Recife, em 1978, durante o governo Ernesto Geisel, fez amizade com Dom Helder Câmara, e participou de uma missa, cantando em favor da libertação de um líder estudantil, o Cajá, que havia sido preso, acusado de tentar reorganizar o Partido Comunista Revolucionário.
                                  Com sua presença marcante registrada nos álbuns Em Pleno Ve-rão (1970), Elis & Tom (1974), Transversal do Tempo (1978) e Elis (1981), veio a fale-cer, de maneira precoce, em 1982, há 30 anos, num dia 19 de janeiro como este, com apenas 36 anos, por conta de altas doses de cocaína e de bebidas alcoólicas, fáto que chocou  país profundamente, à época.
                                     Elis: uma breve passagem pela vida e uma eterna presença em nossos corações.
                                          
                                           http://www.youtube.com/watch?v=srfP2JlH6ls&feature=related

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O CONTO DO MÊS



O espelho
           
         Não sabia mais o que fazer. Aquela menina, realmente, acabaria por enlouquecê-lo. Culpa dele - sabia.  Só dele.  Onde já se viu um velho de 70 anos andar por aí se apaixonando por meninhas de 13  ? A coisa não podia acabar bem. Pelo menos, para ele. E foi o que aconteceu.
              Sempre se dera muito bem com os pais da Moema. Não era de hoje que vendia carne ao “seu”  Adelino e à dona Rosa,  fregueses do açougue desde o dia em que resolvera inaugura-lo na “Favela do Esqueleto”,  há mais de 18 anos.  Quando a bichinha  nasceu, foi ao cachimbo, bebeu e comeu à vontade, divertiu-se, e até mandou, de presente, toda a carne da festa, inclusive a mão-de-vaca. Segurou-a nos braços, ninando-a, encantado com seu narizinho afilado, com sua  boquinha.
              Agora, estava ali, completamente grilado com a Moema, mais menina do que moça, brincando na calçada do açougue com outras molecas, de shortezinho curto, bum-bum empinado, pernas bem torneadas, de olhinhos atrevidos a fita-lo sempre, cumprimentando-o:
              - Bom dia, “seu”  Ferreira !
              Não dava pra segurar. Por mais que tentasse disfarçar,  já tinha gente notando seus olhares gulosos em cima da guria.
              - Quando crescer, vai ser um mulherão, hein, “seu” Ferreira?
              - Tás falando de quem, Biu ?
              - Da Moema. Tá cada vez melhor.
              - Acaba com isso. Não passa de uma menina. Cuida do balcão. Vai trabalhar.
              O pior é que ele sabia que o Biu do Osso, seu empregado, estava com a razão: a cada dia, a danada da Moema tomava jeito de mulher, com os peitinhos aparecendo e o corpo tomando formas definitivas. Por vezes, dizia consigo mesmo que aquilo era doidice. Lutava contra os arrepios que a simples presença da Moema lhe causava. Procurava não olhar na direção em que ela se encontrava. Atendia fregueses. Fazia de conta que não via nada. Tentava afastar cada pensamento que chegava, atiçando suas idéias.  Mas de nada adiantava. Mesmo sem querer, lá estava ele, mão no queixo, inteiramente abestalhado, olhos vidrados na figurinha saltitante, logo ali, na calçada, às primeiras horas da manhã, brincando com outras meninas, a cumprimenta-lo:
              - Bom dia, “seu”  Ferreira !
              Viúvo há quase cinco anos, não conhecera outra mulher depois da morte de dona Isaura, a esposa, a quem amara e respeitara a vida inteira que tiveram a dois. No cemitério - o caixão à beira da cova aberta -, prometera a si mesmo que outra mulher não haveria de ocupar o seu lugar. E vinha cumprindo, sem  muito esforço, aquele pacto de morte, cuja única testemunha era ele próprio. Para não pensar em outras mulheres, danou-se a trabalhar, indo, comumente, até tarde da noite, chegando em casa mais morto que vivo, o corpo pedindo pra dormir. Ampliou o açougue, passou a ganhar mais dinheiro e, para o mundo em que vivia, estava rico, respeitado por todos, até mesmo por traficantes, sequestradores e assaltantes, seus maiores clientes. Não tinha  mais  nada o que pedir a São Jorge, seu protetor. Até que surgiu a Moema.
              - “Seu”  Ferreira,  papai  mandou dizer que separasse uma buchada de bode das boas pro sábado.
              Ao virar-se, sentiu os olhos verdes de Moema dentro dos seus, entrando, como um raio, pelo corpo todo, deixando-lhe momentâneamente sem fala.
              - O senhor ouviu o que eu disse ?
              - Ouvi... ouvi, sim - respondeu, com certa dificuldade, refazendo-se da surpresa. Diga ao compadre Adelino que vou separar a melhor buchada pra ele.
              Debruçada no balcão, a blusinha solta deixava ver os seios da menina, até os biquinhos róseos.
              - É pro meu aniversário. Vou fazer 13 anos.
              - Meus parabens  adiantados - disse o açougueiro, sem tirar os olhos do generoso decote.
              - Obrigada.
              Sorriu um sorriso lindo, virou-se rápida e, cabelos longos e negros soltos ao vento, saiu correndo na direção de casa.
              - É pena que seja tão moça... - comentou o Biu,  aproximando-se. Já tô beirando os 40 anos, mas se uma diabinha dessas me quisesse, eu mandava a velha lá de casa pros quintos dos infernos.
              - É uma menina, Biu. Nem sabe o que é namorar.
              - Essa é que é das boas, patrão. A gente tem que ensinar tudo direitinho. E aposto que ela aprende ligeiro.
              - Ao trabalho, Biu. Tem freguês no balcão.
              - E o pior - concluiu, quase cochichando, o Biu - é que se a gente não  pegar logo,  já,  já, vem outro malandro e come !
              Não resistindo mais à tentação - ao receber a visita de Moema, ao cair da noite, e sem a presença irreverente do Biu -, “seu” Ferreira resolveu arriscar um pouco mais de intimidade, a fim de checar as suas chances.
              - Quer dizer que o compadre Adelino mandou me convidar pra festa do seu aniversário ?
- perguntou, com um sorriso.
              - É. Papai faz questão da sua presença.
              - E a aniversariante ? - quis saber, passando a mão na cabeça da menina.
              - Eu também. Gosto muito do senhor.
              - E o namorado... também vai ?
              Ruborizada, limitou-se a sorrir.
              - Já sei. Ainda não tem  namorado - disse “seu”Ferreira - mas um dia vai ter. Você já está uma mocinha. Logo, logo, vai pensar em casar.
              - Só tenho 13 anos.
              - Foi com 15 que a Isaura se casou comigo. E fomos felizes a vida toda. Que Deus a tenha. E olhe que você já tem mais jeito de mulher do que ela quando casamos. E é bem mais bonita.
              Dona Rosa estava na porta da casa, quando “seu Ferreira” chegou em sua camioneta.
              - Comadre, trouxe o presente da Moema.
              - Não era preciso tanto trabalho, compadre.
              - Trabalho nenhum.  Passei  numa vidraçaria e comprei um espelho. Do tamanho dela. Sei que toda menina é vaidosa...
              - Ela vai adorar, compadre. Quando voltar da escola, já vai encontrar o presente na parede do quarto.
              À noite, antes de dormir, Moema costumava brincar com suas bonecas, na cama. Ficava ali, entretida, por horas a fio, como que sonhando de olhos abertos. Fazia um calor danado e ela, fechando a porta, ficou só de calcinha. Ao passar diante do espelho, viu-se por inteiro e parou, demonstrando uma grande surpresa. Com as mãos nos quadris, viu-se, de repente,  nua, ali,  no reflexo,  como  se  olhasse  para  outra pessoa. Aproximou-se mais e segurou os seios  com  as  duas mãos, arrebitando-os. Virou-se de costas e observou, por cima dos ombros, a bunda bem-feita. Com movimentos suaves, retirou a calcinha. Passou a mão direita na vagina e sentiu a penugem escura que começava a surgir. Acariciou-a, como se não fosse dela. Levantou os braços e rodo-piou, como se dançasse um balé. Olhou-se de lado, admirando aquele perfil perfeito. Ficou tão perto do espelho que seu nariz afilado chegou a toca-lo e, como se falasse com a própria imagem, confidenciou:
              - “Seu” Ferreira tem razão: já sou uma mulher.
              As mãos voltaram a acariciar a vagina. Gostava daqueles toques. Seus dedos se movimentavam em volta do clitóris. Como num bailado sinuoso, contorcia os quadris. Via-se no espelho, excitando-se ainda mais. Os movimentos do corpo já não tinha uma sequência determinada. Ora estava em pé, ora de cócoras, e logo agarrou-se ao travesseiro, puxando-o pra baixo de si, rolando pelo chão, para um lado e para outro, até que, por fim, com um gemido, pareceu desfalecer, dormindo ali mesmo, nua e feliz, com as bonecas, arrastadas da cama, jogadas ao seu lado.
              No sábado, a buchada, servida por volta das duas horas da tarde, acompanhada por muito chope e cachaça, entrou pela noite a dentro, já que “seu” Ferreira, por sua conta, mandou contratar uns pagodeiros, lá mesmo na favela, e todo mundo começou a dançar e a cantar, não tendo mais hora a festa para terminar.
              Lá pras tantas, já de madrugada, a aniversariante tirou o “seu” Ferreira pra dançar.
              O pagode corria solto:
              - “Diz espelho meu
                se há nesse mundo
                alguém mais feliz que eu...”
              Bêbado não estava,  mas o açougueiro não acreditava no que sentia: Moema se esfregava nele, excitando-o. E, vez por outra, dizia:
              - Amanhã, à noite, irei ao açougue. Tenho pena do senhor. Vive tão sozinho...
              Ao chegar em casa, o sol já nascendo, olhou-se no espelho. Estava um farrapo. O cansaço chegara ao extremo, mas estava feliz. Viu-se de perto - as rugas, os cabelos brancos, a indecisão no
olhar. Mas sentiu-se inteiro. Completo. Disposto a viver.
              - Ela disse que vinha...
              Lembrou-se das palavras da menina e sabia que ela não iria falhar: com certeza, haveria de
procura-lo.
              - Tenho pena do senhor. Vive tão sòzinho..
              Ela garantiu que viria.
              - Que venha - disse, pensando em Moema e se deixando cair na cama, alegre como um menino.
              - Seja o que Deus quiser - balbuciou.
              E dormiu a noite inteira. Como um anjo.  

                                                                

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 03/01/12



MAIS UM ANO SEM CAPIBA
     
                                           No último dia 31 de dezembro, muita gente lamentou a passagem do vigéssimo primeiro aniversário da morte de um dos mais geniais compositores da música popular brasileira, o pernambucano/paraibano Lourenço da Fonsêca Barbosa, ou simplesmente Capiba, nascido na cidade de Surubim, no interior de Pernambuco, no dia 28 de outubro de 1904.

                                         Como mais um carnaval se aproxima (e suas composições catrnavalescas jamais serão esquecidas), as pessoas, que tiveram a felicidade de conhecer Capiba de perto, não podem deixar de lembrar que ele nasceu e viveu aqui, espalhando sua genialidade musical pelos caminhos da Paraíba e de Pernambuco, onde se tornaram claros e definitivos os rumos da sua vida.

                                           Ninguém é mais genuinamente pernambucano/paraibano do que Capiba. Já em 1913, seu pai, Severino Barbosa, criou, com os seus filhos Lourenço, Sebastião, Severino, José, João, Pedro e Antonio, a banda de música “Lira da Borborema”, da cidade de Taperoá, na Paraíba. Dois anos depois, foi dirigir a charanga Afonso Campos – a famosa banda Bacurau - na cidade de Campina Grande. Foi em Campina que, com apenas 16 anos, Capiba começou a trabalhar como pianista no Cine Fox: mesmo sem saber tocar piano, aprendeu a tocar 7 valsas em 11 dias e foi contratado. E foi assim que a família Capiba foi se tornando conhecida e admirada pelos campinenses, com o nosso Lourenço se tornando artilheiro do Campinense Clube, já que o futebol era outra de suas habilidades.  Em 1924, com 20 anos, foi mandado para João Pessoa, a fim de estudar no colégio Lyceu Paraibano, com ordens paternas para esquecer a música e o futebol. Mais tarde, com licença do pai, tornou-se pianista do Cine Rio Branco e, no mesmo período, ingressou como atacante do América de João Pessoa e fundou a Jazz Independência, onde atuou até 1930, onde fez amizade com Oliver Von Shosten, que financiava as bandas carnavalescas do amigo, tornando inesquecíveis os carnavais pessoenses de 1926 a 1929. Em 1930, passou seu último carnaval em Campina, já que, tendo passado num concurso público do Banco do Brasil, foi nomeado para trabalhar no Recife.
                                 
                                            Capiba não foi apenas o grande carnavalesco: Capiba foi, na verdade, um dos maiores compositores da música popular brasileira de todos os tempos. Quem pode jamais esquecer músicas como Maria Bethânia, Recife - cidade lendária, Olinda - cidade-eterna, Cáis do Porto, Serenata Suburbana e uma das suas mais brilhantes criações, A Mesma Rosa Amarela, que a voz de Maysa imortalizou ? E o frevo Gosto de Ver Cantando que ninguém esquece  ? E aquele   Linda Flor da Madrugada que ficou para sempre ? E quem não se lembra daquela Cantiga do Mundo e do Amor , que fez de parceria com Ariano Suassuna ?

                                           O Brasil continua devendo uma grande homenagem póstuma ao nosso grande e eterno Capiba.

                           http://www.vagalume.com.br/capiba/maria-betania.html