quinta-feira, 24 de julho de 2014

CRÔNICA DA SAUDADE - 24/07/2014





                                                                                 



TRISTEZAS DE JULHO

             

Este mês de julho que está por terminar, além do frío e da chuva que fazem parte do nosso inverno, resolveu trazer, para dentro de cada um de nós que se encanta com os nossos escritores, em apenas três dias (bem próximos uns dos outros), uma imensa tristeza, que haveremos de carregar por toda a vida, já que cada uma das motivações tinham a vêr com a essência do atual ambiente literário brasileiro.


Logo em seguida, no dia 19, logo pela manhã, aos 80 anos, faleceu outro grande escriitor - Rubem Alves -, mineiro de Boa Esperança, autor de mais de 150 li-vros, envolvendo crônicas, literatura infanto-juvenil, filosofia, teologia e religião, onde se destacam O Quarto do Mistério, A Volta do Pássaro Encantado e Gandhi: A Magia dos Gestos Petiços. Rubem nos deixou, vítima que foi de um agravamento de males nas funções renais, pulmonares e circulatórias.

Cinco dias depois (por essa ninguém poderia esperar !), o nosso Ariano Suassuna, nascido, aqui, em João Pessoa, no dia 16 de junho de 1927, no Palácio da Redenção, já que o seu pai, João Suassuna, era, à época, o Presidente do Estado da Paraíba, morreu, no dia 23, no Hospital Português do Recife, onde se internára, há dois dias, vítima de um AVC.

Durante a revolução de 1930, aos 3 anos, Ariano ficou órfão, já que seu pai, por motivos políticos, foi assassinado e a família foi obrigada a mudar de cidade, tendo ido prá Taperoá, no interior do Estado, onde residiu, de 1933 a 1937, e onde iniciou seus estudos e teve os primeiros contátos com a cultura regional, assistindo a apresentações de mamulengos e a desafios de viola.

Em 1942, mudá-se, com a família, para o Recife, onde passou a estudar no Colégio Americano Batista e no Ginásio Pernambucano, ingressando, de-pois, no devido tempo, na Faculdade de Direito, onde fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, para o qual escreveu, em 1947, a sua primeira peça: Uma Mulher Vestida de Sol e, no ano seguinte, Cantam as Harpas do Sião.

Em 1950, conclui o curso de Direito e passa a se dedicar à advocacia e ao teatro, tendo escrito, em 1956, a comédia O Auto da Compadecida - um grande sucesso teatral - e, a partir de 1970, inspirado e sob sua direção, o Movimento Armorial, cujo objetivo era valorizar os vários aspectos da cultura do nordeste brasi-leiro, como literatura de cordel, música, dança e teatro, entre outros.

                   Em 1971, iniciou sua trilogia com o Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue Que Vai-e-Volta, dando sequência, a partir dai, à várias outras hustórias.

                   Mas o melhor de Ariano era a sua presença: divertido, sempre feliz, incapaz de relatar tristezas, ele conquistava mais ainda a quem o conhecia de perto, ouvindo o seu papo e rindo com suas piadas.

                   Ainda bem que tive esse privilégio: e foi lá, em Taperoá, cercado de cabritos e tendo, ao longe, a Pedra do Reino, que ouvi as suas histórias e passei a admirá-lo muito mais, já que a criatura humana que ali estava, nos fazendo rir, era tão admirável quanto o genial escritor que habitava a sua mente.

                   Foi esse o Ariano Suassuna que conhecemos, não só através sua obra literária marcante como pelo seu espírito divertido e o seu modo único de contar his-tórias nordestinas.

                   Ubaldo... Rubem Alves... Ariano... um trio do outro mundo, que deu relevância à nossa literatura e, soube, melhor que ninguém, dizer o que sentia e o que o povo queria saber.

                   Agora, de repente, eles se foram.

                   São as tristezas de julho.
  

                   

quarta-feira, 16 de julho de 2014

COMENTANDO A NOTÍCIA - 16/07/2014


COMENTANDO A Notícia - 16/07/2014

                                                                     



COMENTANDO A Notícia - 16/07/2014

A Notícia: Luiz Felipe Scolari Localidade: Não e Mais o Treinador da Seleção Brasileira. No FIM da Noite dEste  domingo , um dia DEPOIS da Derrota POR 3 a 0 par a Holanda, Pela decisão do Terceiro Lugar da Copa do Mundo, a CBF aceitou o Pedido de demissão. Felipão, Segundo o Seu assessor de Imprensa, AINDA Localidade: Não havia Sido Avisado da decisão da Entidade - o técnico estava Dormindo. O Comunicado oficial da CBF Devera Ser Feito Nesta segunda-feira. Com Felipão, Sairam also de Todos os Componentes da de comissão Técnica da Seleção, inclusive o Coordenador técnico  Carlos Alberto Parreira EO auxiliar técnico Flávio Murtosa. Treinador O,  Campeão do Mundo  los 2002, ficou los POSIÇÃO Muito Frágil POR Causa da goleada POR 7 a 1 sofrida na Partida contra a Alemanha, Pela semifinal fazer Mundial.

Nosso Comentário:

                                   NOSSA OPINIÃO

                                  
                                   Se a Seleção Brasileira de Futebol, em 2002, com toda a categoria que lhe é peculiar, foi  campeã do mundo na Copa daquele ano e o técnico era o Felipão, nada mais justo que a CBF, analisando todo o trabalho que desenvolveu em Portugal, não tivesse dúvidas e o convidasse para assumir o cargo de técnico da canarinha.

                                   Só que o futebol, como tudo na vida, evolui e foram alguns países europeus, certamente, os que melhor se adaptaram ao novo estilo, preparando-os de-vidamente para a Copa de 2014.

                                   O problema não era o técnico: fosse quem  fosse, teria, certamen-te, cometido os mesmos erros, já que a lição de casa teria de ser iniciada, como é normal, com a convocação dos melhores jogadores (é claro), mas mantendo, nas próximas escalações, os mesmos jogadores (se possível), paa que eles, ao longo do tempo, aprendessem novas estratégias, que seriam utilizadas, cada vez com mais desenvoltura, ao longo dos quatro anos que faltavam para a Copa do Mundo.

                                   A mesma coisa deve ser feita agora: não interessa o nome do técnico, mas ele  terá que mostrar à CBF, em reuniões sucessivas, tudo o que planejou (e porque planejou) para convocar aqueles jogadores, mostrando que eles são capazes de seguir um ritmo de trabalho, tanto fora (nos treinamentos), como no gramado, que os leve a trabalhar como uma verdadeira equipe, tendo, nas suas cabeças, as melhores soluções para os maiores problemas que ocorram ao longo dos jogos.

Só agora, em 2014, preparando-se para a Copa das C onfedera-
çoes, a Seleção Brasileira enfrentará, até o fim do ano, as seleções da Argentina, Colombia, Equador e Turquia, quando, na verdade, apenas para treinamento, alguns selecionados europeus poderiam estar incluídos, a fim de testar, mais ainda, aquilo que vamos colocar em campo.
                                  
                                   É claro que o treinador deve ser bem  escolhido – independente da nacionalidade -, mas o que vai valer mesmo, em termos de futuro, é sua orga-nização e os seus planos estratégicos, através dos quais seus jogadores haverão de se movimentar no gramado, independente de quem seja o adversário.

                                   Como a Seleção da Alemanha soube fazer.

                                   Dando, sem dúvida, uma lição de futebol, justo no país onde o esporte é a própria alma do seu povo.
                                  

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mesmo sem graça... RISO, BRASIL !




                                                                                 


























quinta-feira, 10 de julho de 2014

CRÔNICA DA SAUDADE - 10/07/2014




                                                                         



                      ROSIL E JACKSON


                        Preciso agradecer, inicialmente, ao amigo Rômulo Nóbrega, que me enviou, na manhã de hoje, um e-mail, contendo, na sua essência, a lembrança de que, nesta data, há 40 anos (quando, na verdade, são 46), falecia, em Campina Grande, Rosil Cavalcanti.
                        Foi com meu compadre Rosil (já que ele, graças à nossa amizade, era padrinho de um dos meus filhos) que vivi, no tempo em que dirigia artísticamente a antiga Rádio Borborema de Campina Grande, um dos períodos mais felizes da minha vida, já que a gente, na maioria dos finais-de-semana, fazia o que mais gostava, realizando pescarias no litoral paraibano.
                        De segunda à sexta-feira, é claro, fazendo jus às nossas obrigações, lá estávamos nós – envolvidos numa mesma e agradável rotina (já que a gente adorava o que fazia) – cuidando da programação da Borborema: eu, produzindo novelas como “As Aventuras do Flama” e programas diários como “Bom Dia Para Você”, “Seu Encrenquinha” e “Patrulha da Cidade”, entre outros, e Rosil, por outro lado, participando de produções, especialmente humorísticas, além, é claro, do “Forró de Zé Lagoa”, às oito da noite, onde ele, sozinho, é que fazia a festa, com impressionantes índices de audiência.
                        Está explicado porque, aos domingos, a gente jogava tudo pro espaço e ia curtir a vida com as nossas pescarias, momentos que seriam lembrados sempre com alegria, se não fosse o último deles, na Fazenda Campo de Boi, do major Veneziano, ali, pertinho de Campina, quando acampamos à beira do açude, na noiie de sábado, e ali ficamos até a madrugada do domingo, quando notei que Rosil não passava bem, sentindo dores no peito e resolvemos voltar. A partir daí, veio a internação hospitalar e, no dia seguinte, o que ninguém queria: o seu falecimento.
                        Com Jackson do Pandeiro, Rosil sempre manteve uma estreita amizade e, ao longo do tempo em que se firmou, na Rádio Borborema, como o inesquecível Zé Lagoa, obrigou-me, por muitas vezes, a criar programas de auditório com a presença do pandeirista, intérprete e amigo, que atuava em outras praças, apenas para que ele ouvisse algumas músicas que acabára de criar.
                        Músicas famosas como “Sebastiana”, “Na Base da Chinela”, “Quadro Negro”, “Tropeiros da Borborema” e tantas outras, a maioria delas interpretadas por Jackson, tornaram-se sucesso em todo o país.
                        Jackson do Pandeiro, alguns anos depois da partida do amigo, faleceu, de infarto, exatamente na mesma data (10 de julho), procurando garantir assim, certamente, o reencontro deles lá no céu, onde o forró, com certeza, neste momento, deve ter iluminado muito mais o firmamento.
                        Rosil e Jackson – duas figuras marcantes do mundo artístico paraibano – jamais serão esquecidas.






quarta-feira, 2 de julho de 2014

A CRÔNICA DO DIA - 02/07/2014




                                                                           


                             ESTÁ FÁCIL VOTAR

        Pela primeira vez, na Paraíba, está muito fácil escolher um candidato a Governador e votar com a consciência tranquila de que o melhor candidato para tomar conta do estado foi aquele em quem você votou.

       E sabem por que existe, por parte do eleitor, tanta certeza de que o candidato escolhido é o melhor para cuidar da nossa terra e da nossa gente ?

         É porque nunca houve, numa eleição paraibana, diferenças tão grandes e tão marcantes entre os candidatos que disputam o Governo do Estado.

       De um lado, como primeiro sem segundo, lá está o atual Governador, Ricardo Coutinho (PSB/PT), pensando que tudo pode, prometendo o que nunca fez em quatro anos, divulgando o que não existe em seu governo (como é o caso da segurança, onde enaltece o trabalho dos policiais que, segundo o anúncio, recebem os melhores salários do Brasil), das rodovias asfaltadas em todo o estado (esquecendo-se, é claro, da BR-008 - Belém/Caiçara - e tantas outras, onde, por conta da buraqueira e da falta de pavimentação, dezenas de municípios estão isolados do resto do estado), do setor da educação, que não atende aos anseios da população nem garante o futuro dos estudantes e, finalmente, da saúde pública, cujos hospitais e postos de atendimento, muitos sem médicos e sem as mínimas condições de receber doentes, pouco ou quase nada podem fazer para atender as necessidades da população.

         Do outro lado, lá estava, até um dia desses, Veneziano (PMDB), ex-prefeito de Campina, que fizera, na Rainha da Borborema, uma administração pouco aceita pelo povo campinense, repleta de atos insensatos e que gera-ram até intervenções da Justiça, mas que, de última hora, resolveu desistir de concorrer à eleição para Governador, colocando, em seu lugar, seu irmão Vi-talzinho, deputado federal, cujo destaque, até hoje, tem sido a sua indicação para presidir algumas CPi's no Congresso Nacional.

     Por fim, ao lado do povo, ansioso por voltar ao Governo para comple-mentar a sua última administração, bastante aplaudida e que, em tão boa hora, foi interrompida por ações de inimigos, não só do Governador, mas do povo paraibano, lá está o candidato Cássio Cunha Lima, recebendo, da nossa gente, na maioria dos municípios do estado, aplausos e gestos de reconhecimento e de alegria.

          Com esses candidatos que aí estão, o paraibano, sinceramente, não tem muito o que pensar na hora de exercer o voto a que tem direito no dia 3 de outubro: é Cássio... e ponto final !

            Nunca foi tão fácil escolher em quem votar.