COMENTANDO A
NOTÍCIA – 12/03/2012
A notícia: Heleno de
Freitas, um dos grandes ídolos do Botafogo e do futebol brasilei-ro, está sendo
homenageado numa ação de marketing que compõe a edição do Dia da Estrela,
promovido pela equipe alvi-negra. Durante o evento, será exibido, em
pré-estréia o filme “He-leno”, com o ator Rodrigo Santoro, e haverá, ainda, uma
grande exposição de fotos sobre a vi-da e a passagem do jogador pelo Botafogo.
Nosso Comentário:
HELENO: GENIOSO E GENIAL
Menino ainda (mas
já botafoguense), sempre vibrei, nas transmissões radiofônicas, com os gols de
Heleno de Freitas, que marcou sua passagem pelo Botafogo (1940/1947) com 209
gols em 235 partidas, tornando-se o maior artilheiro da história do clube,
embora jamais tenha sido campeão pelo time do seu coração.
Nascido
em São João Nepomuceno, em Minas Gerais, no dia 12 de fevereiro de 1920, Heleno
logo se sentiu atraído pela bola, passando a jogar futebol em vários times de
surbúrbio, tendo atuado, já no Rio, na equipe de futebol de praia do clube, sob
o comando de Neném Prancha, de onde saiu, em 1937, para o time principal do
Botafogo, com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite (goleador
do tetracampeonato estadual de 1932/1935) e, com suas jogadas incríveis e gols
geniais, jamais decepcionou a torcida, que teve de agüentar, em contrapartida,
seus ataques de histeria e suas constantes brigas em campo.
Em
1940, já como centroavante botafoguense, participou de uma vitoriosa excursão
ao México e do campeonato carioca, passando, em toda parte, a atiçar o mulherio,
com seu jeitão de artista, nos seus 1 metro e 84 de altura e porte atlético,
elegante e inteligente, sendo mulherengo com o diabo, já que transava com
qualquer raça ou classe, alvinegra ou não.
Apesar
dos gols incríveis e memoráveis, que a torcida da época jamais conseguiu
esquecer, Heleno sempre teve, como grande obsessão, ser campeão pelo Botafogo,
mas até 1947 (seu último ano no clube), o único título que obteve (já que, nas
horas vagas, também estudava), foi o de bacharel em Direito- diploma inútil
para ele, já que jamais advogou.
Heleno
ganhou fama e dinheiro, tendo vivido sempre entre mulheres bonitas e homens
inteligentes. Em Buenos Aires, por exemplo, quando jogou pelo Boca Junior,
tornou-se íntimo da família do presidente Peron. Na Colombia, foi erguido um
busto em sua homena-gem, devido às suas grandes jogadas que encantaram os
colombianos.
Como
tinha sífilis no cérebro, o que provocava suas Irritações constantes e brigas
eternas, jamais quis fazer um tratamento sério da doença que o atormentava.
Quando abandonou o futebol, por insistência de parentes e amigos, teve que ser
internado num sanatório na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, onde, no dia 8
de dezembro de 1959, veio a falecer, causando grande consternação em todo o Brasil.
Heleno
de Freitas, ao que parece, sòmente agora, 53 anos depois de sua morte, terá,
finalmente, o reconhecimento da sua terra pela genialidade do seu futebol.
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