quarta-feira, 14 de março de 2012

COMENTANDO A NOTÍCIA - 12/03/2012



            COMENTANDO A NOTÍCIA – 12/03/2012

A notícia: Heleno de Freitas, um dos grandes ídolos do Botafogo e do futebol brasilei-ro, está sendo homenageado numa ação de marketing que compõe a edição do Dia da Estrela, promovido pela equipe alvi-negra. Durante o evento, será exibido, em pré-estréia o filme “He-leno”, com o ator Rodrigo Santoro, e haverá, ainda, uma grande exposição de fotos sobre a vi-da e a passagem do jogador pelo Botafogo.

Nosso Comentário:

                       HELENO: GENIOSO E GENIAL

              Menino ainda (mas já botafoguense), sempre vibrei, nas transmissões radiofônicas, com os gols de Heleno de Freitas, que marcou sua passagem pelo Botafogo (1940/1947) com 209 gols em 235 partidas, tornando-se o maior artilheiro da história do clube, embora jamais tenha sido campeão pelo time do seu coração.
              Nascido em São João Nepomuceno, em Minas Gerais, no dia 12 de fevereiro de 1920, Heleno logo se sentiu atraído pela bola, passando a jogar futebol em vários times de surbúrbio, tendo atuado, já no Rio, na equipe de futebol de praia do clube, sob o comando de Neném Prancha, de onde saiu, em 1937, para o time principal do Botafogo, com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite (goleador do tetracampeonato estadual de 1932/1935) e, com suas jogadas incríveis e gols geniais, jamais decepcionou a torcida, que teve de agüentar, em contrapartida, seus ataques de histeria e suas constantes brigas em campo.
              Em 1940, já como centroavante botafoguense, participou de uma vitoriosa excursão ao México e do campeonato carioca, passando, em toda parte, a atiçar o mulherio, com seu jeitão de artista, nos seus 1 metro e 84 de altura e porte atlético, elegante e inteligente, sendo mulherengo com o diabo, já que transava com qualquer raça ou classe, alvinegra ou não.
              Apesar dos gols incríveis e memoráveis, que a torcida da época jamais conseguiu esquecer, Heleno sempre teve, como grande obsessão, ser campeão pelo Botafogo, mas até 1947 (seu último ano no clube), o único título que obteve (já que, nas horas vagas, também estudava), foi o de bacharel em Direito- diploma inútil para ele, já que jamais advogou.
              Heleno ganhou fama e dinheiro, tendo vivido sempre entre mulheres bonitas e homens inteligentes. Em Buenos Aires, por exemplo, quando jogou pelo Boca Junior, tornou-se íntimo da família do presidente Peron. Na Colombia, foi erguido um busto em sua homena-gem, devido às suas grandes jogadas que encantaram os colombianos.
              Como tinha sífilis no cérebro, o que provocava suas Irritações constantes e brigas eternas, jamais quis fazer um tratamento sério da doença que o atormentava. Quando abandonou o futebol, por insistência de parentes e amigos, teve que ser internado num sanatório na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, onde, no dia 8 de dezembro de 1959, veio a falecer, causando grande consternação em todo o Brasil.
              Heleno de Freitas, ao que parece, sòmente agora, 53 anos depois de sua morte, terá, finalmente, o reconhecimento da sua terra pela genialidade do seu futebol.                                                                             

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