A NOTÍCIA: - O governo do
Distrito Federal mudou o nome do estádio, em Brasília, para Estádio Nacional, mas isso está dando uma
confusão danada. Em Brasília e em todo o Brasil, é a polêmica da vez: o governo
do Distrito Federal mudou o nome do Estádio Mané Garrincha para Estádio
Nacional. Tem até abaixo-assinado contra a mudança. A torcida ficou uma arara –
não só do Botafogo, onde Mané Garrincha jogou.
NOSSO COMENTÁRIO:
UM DRIBLE
NO POVO
Como
a abertura da Copa do Mundo de 2014 será feita no Estádio Mané Garrincha, em
Brasília, com transmissão da festa inaugural do evento para todo o mundo, via
rádio e TV, além de uma completa cobertura jornalística, envolvendo todos os
veículos de divulgação, está claro que o governo brasiliense elegeu o
acontecimento como a oportunidade que faltava para divulgar os encantos e o
progresso da capital do país, mostran-do, em primeiro plano, o novo e
monumental estádio que se encontra em obras, visando a grande festa do esporte
mais reverenciado pelo nosso povo.
O
Governo do Distrito Federal botou mãos à obra, arranjou dinheiro ninguém sabe
onde e , num abrir e fechar de olhos, deu início a reconstrução do estádio que
deverá servir de palco para a abertura da Copa, cujas obras seguem em ritmo
acelerado e, como era de se esperar, devidamente superfaturado.
O
povo brasileiro, já acostumado a lidar com o superfaturamento dessas obras
inesperadas e inadiáveis, estaria disposto a fechar os olhos para tudo o que o
coração não sente, desde que os prejuizos de hoje se transformassem no sucesso
de amanhã, quando o mundo aplaudisse a organização e a beleza da Copa de 2014.
Por
baixo do pano, no entanto, as autoridades governamentais toma-ram uma decisão
que foi um verdadeiro drible no povo
brasileiro: mudaram o nome simples e popular do estádio – Estádio Mané
Garrincha – para um nome que, aos olhos do Governo, daria mais força ao evento:
Estádio Nacional de Brasília.
Os
protestos já começaram e não serão apenas dos botafoguenses, como eu, que
vibraram com as jogadas do genial Mané Garrincha, não só no Botafogo, como na
Seleção Brasileira, mas de torcedores de todos os clubes do país, que tinham,
no eterno driblador, o seu grande ídolo, independente da camisa que vestia.
Se
o Governo do Distrito Federal deseja se sair bem nesta Copa do Mundo, mostrando
todos os encantos de Brasília, deve começar com uma demonstração de respeito
aos ídolos do esporte que pretende promover, mantendo o nome original do
estádio e, mais ainda, inaugurando, na oportunidade, um grande museu, mostrando
quem foi o nosso Mané Garrincha e qual a
sua importância para o desenvolvimento do futebol brasileiro.
Garrincha
fez parte de uma fase importante do nosso futebol e foi a sua presença, não só
em partidas memoráveis que disputou pelo Botafogo, ao lado de Nilton Santos,
Didi, Gerson e tantos outros, onde as suas jogadas e os seus dribles fizeram história, mas – e principalmente – na seleção
brasileira, onde, com suas pernas tortas, encheu de alegria um país inteiro.
Quando
o novo estádio de Brasília recebeu o nome de Mané Garrin-cha, os aplausos, na
sua inauguração, vieram de todo o país.
Se
o governo do Distrito federal insistir na mudança do nome do Estádio, em vez de
aplausos, ele ouvirá uma vaia que virá, com certeza, de todos os recantos desta
imensa nação.
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