COMENTANDO A NOTÍCIA – 31/07/2012
A notícia: A 37ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande está sendo
encerrada no dia de hoje e uma das novidades do evento foi
a realização da Mostra Nacional de Vídeo e Dança, sendo que a programação contou
ainda com várias apresentações culturais que foram vistas no Teatro Severino
Cabral, em tablados montados na Praça da Bandeira, na Feira Central e no Centro
de Arte e Cultura da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Nosso Comentário:
MAIS UM FESTIVAL
Parece
que foi ontem, mas 35 anos então já se passaram, desde que, como presidente da
EMDEB (Empresa de Desenvolvimento da Borborema), antigo órgão da Prefeitura
Municipal de Campina Grande, pude viver as emoções e o nervosismo, de ter, sob
os ombros, a responsabilidade de apresentar, ao povo campinense, um Festival de
Inverno que simbolizasse toda a força cultural e artística da nossa gente.
Recordo-me
da ansiedade que dominava toda a equipe, já que as obras de recuperação do
teatro, envolvendo ampliação e pintura, estavam concluídas, mas faltava,
agora, a reinauguração da casa de espetáculos, o que ocorreria justamente com
abertura do Festival de Inverno.
Ao
conversar com Eneida (Eneida Agra, a coordenadora de todo o setor artístico e
cultural do Festival), tinha a certeza de que o evento seria realizado com o
maior êxito possível, trazendo, para Campina, a atenção de todo o Brasil,
graças aos grupos artísticos de várias regiões do país que ali estariam se
apresentando para o público paraibano.
Um
fato curioso e, ao mesmo tempo, pitoresco, ocorreu com um dos grupos artísticos
convidados, envolvendo um corpo de balé do Rio Grande do Sul.
Na
reforma realizada no Teatro Municipal, ampliamos os setores dos camarins,
instalando, ao lado, um local que seria utlizado como dormitório para uma ou
mais equipes convidadas.
Como
a equipe de balé gaucha fôra sorteada para ocupar os novos dormitórios e,
segundo observamos, a área era muito ventilada e o inverno campinense da época
bastante frio, solicitamos que todos os participantes providenciassem
cobertores e agasalhos.
Segundo
tomamos conhecimento depois, os gaúchos riram à vontade da nossa recomendação
de que teriam que trazer, na bagagem, agasalhos e cobertores, a fim de que
pudessem resistir ao frio de uma cidade, encravada na serra da Borborema, entre
o cariri, o sertão e o agreste paraibano, onde ocorrem sêcas costantes.
Quando
os bailarinos aqui chegaram, num dos mais rigorosos invernos campinenses de
todos os tempos, tivemos que arranjar, à noite, com o exército, dezenas de
cobertores e agasalhos, para atender aos gaúchos que tremiam de frio nos novos
dormitórios do teatro, já que não tinham trazido nada que os protegessem .
Afora
esses pequenos e divertidos incidentes, o Festival de Inverno foi um sucesso
estrondoso, passando, a partir dali, a ser aguardado, anualmente, pela
população paraibana, e com repercussão em todo o país.
Tantos
anos depois, fico feliz em saber que Campina continua firme e forte com o seu
maravilhoso e cada vez mais vibrante Festival de Inverno.
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