terça-feira, 25 de junho de 2013

A CRÔNICA DO DIA - 25/06/2013

                                                                           
                                                                             

                                      CONVERSA PRÁ BOI DORMIR

             Sempre que alguma pessoa começava a dizer muita besteira na frente de dona Zefinha, a minha avó paterna, contando casos sem eira-nem-beira, visando enrolar os que a ouviam, ela dizia logo:
                     - Isso é conversa prá boi dormir: não vai dar em nada.
                   No momento atual, depois dos protestos do povo brasileiro nas ruas das maiores cidades do país, exigindo uma melhor atuação da máquina governamental na condução de medidas que visem melhorar as atividades que mais atingem as populações, como a mobilidade urbana, a segurança pública e a educação em todos os níveis, pondo fim, ao mesmo tempo, aos roubos, falcatruas e safadezas que ocorrem na administração pública e no parlamento, prejudicando ao Brasil, como um todo, a coisa, ao que parece, dá a impressão de ter entrado nos eixos.
                     De imediato, a presidente Dilma fez um pronunciamento à Nação, afirmando que “a voz do povo nas ruas tem que ser ouvida”  e convocou, de imediato, uma reunião com governadores, prefeitos e represenlantes dos legisladores de todo o país, a fim de decidir quais as medidas que teriam de ser tomadas para atender ao clamor dos brasileiros.
              No seu discurso, ela – a Presidente – garantiu que o melhor caminho seria a convocação de uma Assembléia Constituinte exclusivamente para realizar uma reforma política, quando o povo, através de um referendo, daria o seu posicionamento, mostrando-se favorável ou não à medida. Só que seu antecessor – o Lula – já tinha feito idêntico pronunciamento, em 2006, usando as mesmas palavras, e a coisa não foi adiante.
                    A presidente Dilma recebeu governadores e prefeitos de todo o país, assim como ministros e parlamentares das duas casas do Congresso Nacional e, após muitos discursos e papos que não levam à nada, marcou vários encontros, a partir das 10 horas desta terça-feira (25), com várias autoridades, como presidente da OAB, Marcus Vinicius, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, o presidente do senado, Renan Calheiros e vários representantes de movimentos sociais urbanos, apresentando, ainda, a proposta de um plebiscito para que o eleitorado decida sobre a reforma politica.
                    Ôntem, enquanto todos festejavam o São João, ela – a presidente Dilma – esteve reunida com 27 governadores e 26 prefeitos de capitais, ouvindo sugestões para melhoramento de aspectos da conjuntura política, econômica e da qualidade dos serviços públicos.
                    No seu discurso, a presidente pediu aos governadores e prefeitos que acelerem os investimentos em hospitais, unidades de pronto-atendimento e unidades básicas de saúde, e que ampliem a adesão de hospitais filantrópicos ao programa do Ministério da Saúde que troca dívida por mais atendimento, incentivando a ida de médicos para as cidades que mais necessitam dos seus serviços. Visando o transporte popular, anunciou a criação do Conse-lho Nacional do Transporte Público, destinando mais de 50 bilhões de reais pa-ra novos investimentos em obras de mobilidade urbana.
                   No frigir dos ovos – como diria a minha avó – foi muita conversa bonita, muito papo furado e muitas promessas difícieis de serem cumpridas num pequeno espaço de tempo, já que o povo nas ruas exige tudo agora, no momento, pois não suportam mais nem um dia de atraso.
             Que a presidente Dilma e seus assessores, assim como seus de- que o povo enfrentar mais componentes do governo, tratem de encontrar soluções imediatas para os problemas do nosso povo, que são os de hoje e os de sempre, que elas sabe muito bem quais são.
                      Basta de conversa prá boi dormir.
                        

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