CONVERSA PRÁ BOI DORMIR
Sempre que alguma pessoa começava a dizer
muita besteira na frente de dona Zefinha, a minha avó paterna, contando casos
sem eira-nem-beira, visando enrolar os que a ouviam, ela dizia logo:
-
Isso é conversa prá boi dormir: não vai dar em nada.
No
momento atual, depois dos protestos do povo brasileiro nas ruas das maiores
cidades do país, exigindo uma melhor atuação da máquina governamental na
condução de medidas que visem melhorar as atividades que mais atingem as
populações, como a mobilidade urbana, a segurança pública e a educação em todos
os níveis, pondo fim, ao mesmo tempo, aos roubos, falcatruas e safadezas que
ocorrem na administração pública e no parlamento, prejudicando ao Brasil, como
um todo, a coisa, ao que parece, dá a impressão de ter entrado nos eixos.
De
imediato, a presidente Dilma fez um pronunciamento à Nação, afirmando que “a
voz do povo nas ruas tem que ser ouvida” e convocou, de imediato, uma reunião com
governadores, prefeitos e represenlantes dos legisladores de todo o país, a
fim de decidir quais as medidas que teriam de ser tomadas para atender ao
clamor dos brasileiros.
No
seu discurso, ela – a Presidente – garantiu que o melhor caminho seria a
convocação de uma Assembléia Constituinte exclusivamente para realizar uma reforma
política, quando o povo, através de um referendo, daria o seu posicionamento,
mostrando-se favorável ou não à medida. Só que seu antecessor – o Lula – já tinha
feito idêntico pronunciamento, em 2006, usando as mesmas palavras, e a coisa
não foi adiante.
A
presidente Dilma recebeu governadores e prefeitos de todo o país, assim como ministros
e parlamentares das duas casas do Congresso Nacional e, após muitos discursos
e papos que não levam à nada, marcou vários encontros, a partir das 10 horas
desta terça-feira (25), com várias autoridades, como presidente da OAB, Marcus
Vinicius, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, o presidente do senado, Renan
Calheiros e vários representantes de movimentos sociais urbanos, apresentando,
ainda, a proposta de um plebiscito para que o eleitorado decida sobre a reforma
politica.
Ôntem,
enquanto todos festejavam o São João, ela – a presidente Dilma – esteve reunida
com 27 governadores e 26 prefeitos de capitais, ouvindo sugestões para melhoramento
de aspectos da conjuntura política, econômica e da qualidade dos serviços
públicos.
No
seu discurso, a presidente pediu aos governadores e prefeitos que acelerem os
investimentos em hospitais, unidades de pronto-atendimento e unidades básicas
de saúde, e que ampliem a adesão de hospitais filantrópicos ao programa do
Ministério da Saúde que troca dívida por mais atendimento, incentivando a ida
de médicos para as cidades que mais necessitam dos seus serviços. Visando o transporte
popular, anunciou a criação do Conse-lho Nacional do Transporte Público,
destinando mais de 50 bilhões de reais pa-ra novos investimentos em obras de
mobilidade urbana.
No
frigir dos ovos – como diria a minha avó – foi muita conversa bonita, muito
papo furado e muitas promessas difícieis de serem cumpridas num pequeno espaço
de tempo, já que o povo nas ruas exige tudo agora, no momento, pois não
suportam mais nem um dia de atraso.
Que
a presidente Dilma e seus assessores, assim como seus de- que o povo enfrentar mais
componentes do governo, tratem de encontrar soluções imediatas para os
problemas do nosso povo, que são os de hoje e os de sempre, que elas sabe muito
bem quais são.
Basta
de conversa prá boi dormir.
Colóquio flácido pra ninar bovino...
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