quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A CRÔNICA DO DIA – 30/09/2010


O VOTO DO POVO

No próximo domingo, em todo o Brasil, o povo brasileiro irá às urnas, dando o seu voto aos candidatos que, após longa escolha (ou na base do seja lá o que Deus quiser, como a maioria faz), resolveu entregar aos escolhidos os destinos (e mais do que isso: as verbas públicas) das nossas cidades, dos nossos estados e, mais do que tudo, o destino do nosso país, como um todo. Isso prá não falar da autorização que estará sendo dada a cada um dos deputados estaduais e federais, assim como aos senadores, para que possam legislar em nome do povo, o que só irá acontecer, como a gente bem sabe, nos raros momentos em que não estiverem legislando em causa própria.

Muitas são as reformas que precisam ser feitas em muitas das nossas leis, aparentemente criadas para enganar o povo, beneficiando apenas os que estão ocupando os principais cargos do executivo e do legislativo, mas que acabam, por tabela, por beneficiar, também, o judiciário, fechando o firo em volta da gente.

Os políticos se aproveitam de algumas benesses existentes na lei eleitoral, por exemplo, para eleger aqueles nomes que são do seu interesse e que jamais seriam eleitos se contassem única e exclusivamente com o voto de cada eleitor. Embora algo semelhante ocorra em todo o Brasil, vamos citar, como exemplo, o caso do palhaço Tiririca, lá em São Paulo, que, com suas gracinhas (“Vote em Tiririca, pois pior não fica”), já aparece nas pesquisas como o mais votado, abocanhando mais de 900 mil votos para Deputado Federal. O que vai ocorrer ? Tiririca vai ser eleito, pouco irá fazer na Câmara Federal (lembram-se do Clodovil ?) e, com seus votos, levará consigo mais três aloprados do seu partido ou da sua Coligação, já que a votação em excesso (em São Paulo, acima de 200 mil) será utilizada, conforme determina a lei, em benefício dos candidatos da legenda ou coligados. No caso específico de Tiririca, do PR, lá estarão três beneficiados, todo eles ligados ao famoso Mensalão de triste memória.

Quer dizer: o povo vota num engraçadinho e quem ri por último são os que fizeram a gente chorar de vergonha.

Outra aberração eleitoral: o eleitor não pode ser preso às vésperas da eleição, a não ser em flagrante delito. Agora mesmo, tá na TV: o sujeito, lá no Rio, matou a esposa com seis tiros diante da filha de 10 anos. A menina avisou a polícia. O homem fugiu e não pode ser preso.

É por tudo isso que a gente precisa votar, de acordo com a nossa consciência: o que é melhor para o Brasil... para o futuro da nossa gente ?

Este deve ser o nosso voto.

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