O ADEUS DE PAVAROTTI
Existem vozes humanas que marcaram
uma época, como já aconteceu com inúmeras outras que ficaram para sempre em
nossas vidas, a maioria delas presentes na música erudita, que é o caminho
natural dos grandes intérpretes de todos os tempos, como é o caso de Luciano
Pavarotti, que foi o tenor dominante na segunda metade do século XX.
Nascido
em Módena, na Itália, no dia 12 de outubro de 1935, Luciano continuava
continuava cantando como nunca, após mais de sessenta anos de vida,
interpretando, melhor que ninguém, as grandes páginas da musica universal, como
La Bohéme, de Verdi, Tosca, de Puccini e tantas outras, além das
belas e incomparáveis canções napolitanas que só ele conseguia leva-las ao
extremo da mais completa fascinação.
Foi
no dia 29 de abril de 1961 que o nosso mais completo tenor se apresentou no
Teatro Massimo, de Palermo, num concerto tão memorável que lhe abriu as portas
para suas primeiras aparições internacionais, como em Amsterdam, Viena, Zurich
e Londres, em 1963. Foi com a ópera La Bohéme, de Verdi, a mesma tantas
vezes apresentada no Teatro Scala, de Milão, que Luciano mostrou todo o seu
poder de interpretação em San Francisco e Nova York, nos Estados Unidos,
conquistando o coração de milhares de admiradores americanos e, a partir daí,
em quase todos os países do mundo, inclusive no Brasil.
Em
1968, veio a consagração, dando vida ao Rodolfo, da ópera La Bohéme, no
Metropolitan Ópera House, de Nova York, convertendo-se, a partir daí, no mais
conhecido e aplaudido tenor, desde Caruso.
Juntamente
com os amigos José Carreras e Plácido Domingos, outros excelentes tenores,
Luciano realizou grandiosos concertos em Roma, no ano de 1991, e em Los
Angeles, em 1994 .
No
auge da fama, ele surpreendeu aos seus milhões de admiradores em todo mundo,
anun-ciando, durante sua interpretação da Tosca, no dia 27 de março de 2004, no Metropolitan House, de Nova York,
que aquela seria a sua última apresentação em público e que deixaria de cantar
definitivamente no dia 12 de outubro de 2005, ao comemorar os seus 70 anos de
vida, como realmente aconteceu.
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De todos os palcos, tinha que ser neste: chegou a hora
– disse o tenor, com uma certa tristeza naquela voz
que tanto empolgou multidões em todo o mundo.
As
milhares de pessoas presentes ficaram em silêncio, ali, na platéia, por muito
tempo, como se a música tivesse deixado de existir.
No dia 6 de setembro de 2007, ele morreu em sua casa, em Módena, devido a um câncer no pâncreas, aos 71 anos.
A partir daí,
só restou a saudade, realmente, para todos nós, através da sua voz, eternizada
nas muitas gravações que fazem reacender as lembranças que passaram a morar
para sempre em nossos corações.
http://www.youtube.com/watch?v=m1TxwmS2ED4
Viva Cavaradossi, Rodolfo, Otelo, Calaf, entre outros milhões de lindos personagens interpretados. Uma pena Ópera não ser popular no Brasil, que tem ainda, Carlos Gomes como grande compositor de vanguarda. Lindo texto Deodato. Abraços.
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