O MÉDICO E O POVO
É possívell, nos dias de hoje, que o nosso povo consiga viver sem muitas das benesses que as classes mais favorecidas consideram essenciais, como carro bonito, casa confortável e muitos outros bens que, nos tempos atuais, todos lutam para adquiri-los, dando prioridade à suas aquisições.
O que muita gente não notou ainda - e é muito fácil notar -, é que o povo pode viver sem tudo isso, andando a pé, de ônibus, morando num barraco, dormindo no chão, mas não pode (e até pode, mas não irá muito longe), tentar viver sem a presença do médico, sem um atendimento hospitalar, sem ninguém que saiba como cuidar da sua saúde e como enfrentar os males que nos afetam, receitando remédios e realizando intervenções cirúrgicas.
Em pronunciamento no dia de ôntem, a Presidente Dilma divulgou várias medidas essencias que o seu governo pretende tomar, a fim de resolver um dos mais sérios problemas da população brasileira, que é o péssimo atendimento dos organismos que cuidam da saúde pública, como o SUS, graças ao desaparelhamento quase completo dos hospitais e postos de saúde, especialmente nas pequenas cidades do interior dos estados, onde as pessoas mais pobres chegam a morrer à míngua por falta de médicos e de uma estrutura que permita o atendimento.
Sem falar nas providências que pretende tomar para equipar devidamente os hospitais e postos de saúde que atendem ao SUS em todo o Brasil, a Presidente se mostrou mais preocupada com a falta de médicos e promete três providências: ampliar o tempo necesssário que o estudante de medicina terá, após a conclusão do curso, para poder exercer a profissão (passará para dois anos), tendo que atuar, forçosamente, nos hospitais e núcleos de saúde do governo federal, preenchendo as vagas que hoje existem em todo o país, assim como melhoriais salariais e pequenos investimentos.
A solução ideal seria grandes investimentos na área de saúde pública, me-lhorias nos salários dos médicos e uma total revisão em toda a rede hospitalar pública do Brasil, reequipando hospitais e postos de saúde, a fim de que os profissionais da área pu-dessem atuar em todas as unidades federativas, atendendo ao povo brasileiro, mesmo nas cidades mais pobres do nosso país.
Na situação atual, remendos não adiantam: a realidade exige do governo, como um todo, investir firme na saúde pública, realizando os investimentos necessários e não trazendo médicos do exterior, como se a falta de profissionais fosse a chave do pro-blema e a vinda dos estrageiros fosse a solução.
Se a Presidente Dilma estivesse em visita à uma pequena cidade do inte-rior e, de repente, se sentisse mal e necessitasse, com urgência, de um atendimento médico, ela entenderia, só assim, o que é que o povo brasileiro sofre.
Os médiicos estrangeiros sempre foram bem-vindos em nosso país.
Só que o problema é mais embaixo: faça o que se faz necessário no momento, melhorando o atendimento na área de saúde pública, ou trate de tomar remédio para os enjôos que estará sentindo nas próximas eleições.
E não tem PT que dê jeito.
Tenho dito.
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