O GRITO DAS URNAS
Na tarde de ôntem, na TV Senado, tive oportunidade de ouvir um pronunciamento do senador Cícero Lucena, de cujo texto pude observar o seguinte: embora o orador tenha exigido do governo federalas principais reinvindicações que estiveram presentes nas manifestações populares que ocorreram em cidades de todo o país (começando, é claro - e mostrando a sua força - por São Paulo, Rio e Brasília) como melhorias nas áreas da educação, da saúde, da segurança pública, do transporte coletivo e de tantos outros setores imprescendíveis ao povo, ele deixou transparecer (especialmente para aqueles que o conhecem de perto, como eu) que o país ainda vai enfrentar muitos protestos populares e que nós teremos, sem dúvida, em 2014, além da Copa do Mundo (que vai trazer bons resultados prá FIFA, disso ninguém duvida), as mais complicadas e difíceis eleições de todos os tempos.
Os pretensos candidatos aos cargos de Presidente da República, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual devem começar a pensar em mudar o discurso, assim como a sua maneira de encarar o povo nas ruas, pois se não agirem com a devida sabedoria perderão muitos votos e não alcançarão seus objetivos.
O grito das ruas pode se tornar o grito das urnas.
Os componentes da Câmara e do Senado, que acabam de aprovar decreto que exige, daqui por diante, que todo funcionário público tenha ficha limpa, esqueceram-se, com certeza, que as pessoas que presidem atualmente as duas casas, por exemplo, ainda têm contas a prestar à justiça de seus respectivos estados.
Prá não dizer que não falei de flores, está claro que casos judiciais pendentes como o do mensalão, terão que ser julgados de imediato pelo STJ, colocando cada um dos réus na sua devida prisão, já que esta, como todo mundo sabe, é a vontade da qua-se totalidade do eleitorado brasileiro, segundo as últimas pesquisas.
O governo federal e o congresso como um todo (Câmara e Senado) tratem de encontrar um meio de atenderem, pelo menos em parte, as reinvindicações que foram feitas nas ruas ao longo do mês de junho e que tanto repercutiram em todo o Brasil e até no exterior, se é que desejam que as eleições de 2014 se realizem com a tranquilidadde de todos os pleitos realizados, até agora, nos últimos anos, em nosso país.
Se o senador Cícero, que é um homem que sempre soube se entender com o povo, está demonstrando preocupação, ao longo do seu pronunciamento, com as eleições que virão, imagine aqueles candidatos que sempre enrolaram o eleitor e nada fizeram em benefício da sua gente.
Por enquanto, o povo está gritando nas ruas, mas logo, logo, estará falando, dizendo sim ou não através do voto.
E acabem com essa história de plebiscito: quem tem de planejar e realizar o que o povo quer são os parlamentares e o governo, e não o eleitor.
O povo vai ficar no seu canto, esperando, para aprovar ou não o que fizerem.
É vai ser tiro e queda.
Não duvidem.
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