quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 21/11/2012



ÚLTIMA PÁGINA

   
         Sempre me apeguei a alguns veículos da imprensa brasileira, graças, principalmente, aos seus cronistas. Por causa de Rubem Braga, colecionei, por muito tempo, as edições do Diário da Noite, jornal editado no Rio, em tamanho tablóide, que embora não fosse tão bom em se tratando de notícias, era primeiro sem segundo, para mim, por causa das crônicas do meu cronista preferido. E só parei de colecionar o jornal porque, num certo dia, ele deixou de circular.

        Com a antiga revista O Cruzeiro não foi diferente: rendi-me aos encantos da revista, como um todo, indo das reportagens de David Nasser ao Amigo da Onça, do meu amigo Péricles, mas não tinha como fugir à sua principal atração, ao pedacinho da edição que me cativava tanto e que, por capricho da natureza, ficava em sua última página: as crônicas, sempre belas e humanas, escritas por Rachel de Queiroz.

          Era a única revista que muita gente, como eu, começava a ler por sua última página, de trás para frente, pois era lá, na última página,que estava a crônica de Rachel.

           Nascida em 17 de novembro de 1910, em Fortaleza, no Ceará, Rachel de Queiroz se destacou como escritora, publicando os livros O Quinze, As Três Marias, Lampião e tantos outros, além das peças teatrais A Beata Maria do Egito e O Menino Mágico, obras premiadas nacionalmente.

         Cronista emérita, publicou mais de duas mil crônicas, cuja seleção de algumas delas proporcionou a publicação dos seguintes livros: A Donzela e a Moura Torta, 100 crônicas escolhidas, O Brasileiro Perplexo e O Caçador de Tatu.

           Tendo sido a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras- eleita para a Cadeira nº 5, em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Cândido Mota Filho – Rachel de Queiroz foi recebida, em 4 de novembro de 1977, pelo acadêmico Adonias Filho, acabando, de uma vez por todas, com o famoso clube do Bolinha(onde menina não entrava) da nossa maior academia.

             Em suas crônicas, contava, com simplicidade, as novidades da semana e conquistava, à cada história que relatava, a admiração de milhares de leitores. No último dia 04 de novembro, os brasileiros lamentaram os nove anos de saudades de Rachel, desde o dia em que Deus a levou do nosso convívio com a mesma tranqüilidade com que ela sempre viveu entre nós.

            Naquele dia fatídico, ela se deitou para dormir, pensou em Deus como sempre e adormeceu - para nunca mais acordar.

              E foi assim que Rachel de Queiroz passou a viver o sonho da eternidade, deixando, em cada um dos seus fãs, uma saudade eterna.

Sempre me apeguei a alguns veículos da imprensa brasileira, graças, principalmente, aos seus cronistas. Por causa de Rubem Braga, colecionei, por muito tempo, as edições do Diário da Noite, jornal editado no Rio, em tamanho tablóide, que embora não fosse tão bom em se tratando de notícias, era primeiro sem segundo, para mim, por causa das crônicas do meu cronista preferido. E só parei de colecionar o jornal porque, num certo dia, ele deixou de circular.

                                  Com a antiga revista O Cruzeiro não foi diferente: rendi-me aos encantos da revista, como um todo, indo das reportagens de David Nasser ao Amigo da Onça, do meu amigo Péricles, mas não tinha como fugir à sua principal atração, ao pedacinho da edição que me cativava tanto e que, por capricho da natureza, ficava em sua última página: as crônicas, sempre belas e humanas, escritas por Rachel de Queiroz.

                                  Era a única revista que muita gente, como eu, começava a ler por sua última página, de trás para frente, pois era lá, na última página,que estava a crônica de Rachel.

                                  Nascida em 17 de novembro de 1910, em Fortaleza, no Ceará, Rachel de Queiroz se destacou como escritora, publicando os livros O Quinze, As Três Marias, Lampião e tantos outros, além das peças teatrais A Beata Maria do Egito e O Menino Mágico, obras premiadas nacionalmente.

                                  Cronista emérita, publicou mais de duas mil crônicas, cuja seleção de algumas delas proporcionou a publicação dos seguintes livros: A Donzela e a Moura Torta, 100 crônicas escolhidas, O Brasileiro Perplexo e O Caçador de Tatu.

                                  Tendo sido a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras- eleita para a Cadeira nº 5, em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Cândido Mota Filho – Rachel de Queiroz foi recebida, em 4 de novembro de 1977, pelo acadêmico Adonias Filho, acabando, de uma vez por todas, com o famoso clube do Bolinha(onde menina não entrava) da nossa maior academia.

                                  Em suas crônicas, contava, com simplicidade, as novidades da semana e conquistava, à cada história que relatava, a admiração de milhares de leitores. No último dia 04 de novembro, os brasileiros lamentaram os nove anos de saudades de Rachel, desde o dia em que Deus a levou do nosso convívio com a mesma tranqüilidade com que ela sempre viveu entre nós.

                                  Naquele dia fatídico, ela se deitou para dormir, pensou em Deus como sempre e adormeceu - para nunca mais acordar.

                                  E foi assim que Rachel de Queiroz passou a viver o sonho da eternidade, deixando, em cada um dos seus fãs, uma saudade eterna.


http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=&txt_titulo_menu=&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=N&COD_PROGRAMA=3&COD_MIDIA=34268&COD_VIDEO=38821&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1


                                                                    

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 15/11/2012



                                          MANTOVANI, O MAESTRO



          Acredito que existam outras pessoas que amaram, como eu, durante toda a vida, a música e a obra do grande maestro Mantovani, assim como é possível que muitos, dentre os quais me incluo, jamais tenham se interessado, nem por um momento, em saber, pelo menos, como era o nome completo daquele homem que trouxera todo o encanto das grandes orquestras – especialmente das orquestras de cordas – para as nossas horas de paz e lazer.
            Nascido em Veneza, na Itália, no dia 15 de novembro de 1905, Annunzio Paolo Mantovani era filho de um professor de música de dois conservatórios italianos, que tocou sob a batuta de Massagni e Toscanini e que, por serviços prestados ao governo, foi feito Cavalheiro pelo Rei de Portugal. Quando se encontrava na Inglaterra, em 1912, com uma companhia lírica italiana, teve início a primeira guerra mundial e seu pai, impossibilitado de retornar à pátria, teve que se fixar em Londres com a família, quando Mantovani tinha apenas 7 anos. Mantovani, aos 14 anos, já iniciava os seus estudos de violino e, dois anos mais tarde, já era um músico profissional. Embora seus programas de rádio tenham começado com o seu quinteto, foi com a Típica Orquestra, formada em 1930, que o nome de Mantovani se tornou famoso.
           Até os anos 70, eu e muitos outros da minha geração, crescemos, certamente, ouvindo a música de Mantovani, que nos educava o espírito e nos fazia sentir o verdadeiro fascínio da música orquestrada, especialmente aquelas que chegavam aos nossos ouvidos junto com as imagens de um filme que jamais seria esquecido.
         Como esquecer os acordes marcantes das músicas que se tornaram famosas como A Lenda da Montanha de Cristal ? E o Tema de Lara, do imortal Dr. Jivago ? E as músicas que marcaram Goldfinger, do 007; toda a imponência de Bem-Hur; todo o encanto de Lawrence da Arábia; e as lembranças que ficaram com Zorba, o grego ? Como vamos lembrar o filme Nunca aos Domingos sem a música de Mantovani ? E a trilha inesquecível de Se Meu Apartamento Falasse ? E aquele Moon River que não nos sai da lembrança, tema do filme Bonequinha de Luxo ?
           Tudo isso me veio à memória quando resolvi, depois de tantos anos, conhecer mais de perto o maestro que sempre fez parte dos meus sonhos musicais, pois foi sòmente hoje, depois de tanto vibrar com a música de Mantovani, é que fui apresentado ao cidadão Annunzio Paulo Mantovani, que deixou a batuta, desta grande orquestra que é a vida, no dia 29 de março de 1980, quando veio a falecer.
             O Mantovani da orquestra... o maestro... o homem que fez história dando vida às mais belas páginas da música popular universal... este, sem dúvida, vai ficar para a eternidade, recebendo sempre os aplausos do seu grande público.
                 O maestro genial jamais será esquecido.

                  http://www.youtube.com/watch?v=qRinNWDPBUs&feature=related     

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 07/11/2012



O BRASIL DE ARY BARROSO



                      Logo no começo deste mês de novembro, no dia 7, não existe uma motivação mais forte para uma Crônica da Saudade do que a lembrança da passagem da data que assinala o aniversário de nascimento de um dos maiores compositores do Brasil, autor de músicas consagradas no país e no exterior, que é Ary Barroso.
                        Em 2003, visando divulgar o centenário do nascimento do velho Ary, entrei em contato com várias emissoras de rádios de todo o Brasil, convidando à todas para que incluíssem em suas programações, naquela data, o maior número possível dos grandes sucessos musicais do homenageado, o que, segundo soube, aconteceu e repercutiu, especialmente, aqui, na Paraíba.
                      Ary Evangelista de Resende Barroso nasceu em Ubá, Minas Gerais, na Fazenda da Barrinha, no dia 7 de novembro de 1903. Órfão de pai e mãe, ainda criança, foi criado pela avó materna e por uma tia. Aos 12 anos, já tocava piano no cinema de sua cidade, fazendo fundo musical para filmes mudos.Em 1920, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em direito, mas foi sòmente em 1928 – durante uma temporada que passou em Santos e em Poços de Caldas - que começou a compor as suas primeiras produções, como “Eu vou à Penha” e “Vamos Deixar de Intimidade”, que foram bem recebidas pelo público, já que estavam incluídas no seu primeiro disco.Em 1930, Ary venceu o concurso carnavalesco daquele ano com a marcha “Dá Nela”, mas foi com o samba-exaltação “Aquarela do Brasil”, em 1939, que ele se celebrizou, inovando a música popular brasileira, incorporando ao acompanhamento células rítmicas até então só conhecidas em instrumentos de percussão. Em cima da mesma linha patriótica, Ary Barroso compôs outras músicas, igualmente famosas, como “Na Baixa do Sapateiro”, em 1938, “Brasil Moreno”, em 1942, e “Terra Seca”, em 1943. Em 1944, convidado por Walt Disney, Ary Barroso feza música do filme “Você Já Foi à Bahia ?” e foi premiado pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood.
                   Como locutor e cronista esportivo, Ary Barroso fez fama na Rádio Tupi, do Rio(especialmente por torcer abertamente pelo seu Flamengo !),tendo criado, ao longo do tempo, vários programas, dentre eles o “Hora do Calouro” , de onde surgiram alguns dos maiores intérpretes da música popular brasileira, como Elza Soares e tantos outros. Recebeu a Ordem Nacional do Mérito, em 1955, como o mais patriota dos nossos compositores em todos os tempos.
                 Morreu no Rio de Janeiro, num domingo de carnaval, no dia 9 de fevereiro de 1964, após dizer, por telefone, ao seu amigo David Nasser: Acho que vou morrer. Estão tocando as minhas músicas no rádio. Ary Barroso virou saudade e, no aniversário do seu nascimento, as suas músicas deveriam ser tocadas por esse Brasil a fora, homenageando, assim, quem tanto, em vida, homenageou a nossa terra.
                  Esse Brasil, sem dúvida, que dele recebeu todo o seu amor e toda a sua admiração, através de suas composições que jamais serão esquecidas, deverá reverenciá-lo para sempre.
             Vamos aproveitar o dia de hoje para ouvir algumas musicas do nosso genial Ary Barroso, reavivando, mais uma vez, a sua saudade.

http://www.youtube.com/watch?v=ygrdoP9Z68U                                                                        

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 19/10/2012



OS MALES DO PT


             Muitas são as considerações que os eleitores deverão levar em conta neste segundo turno das eleições para prefeito, cujo período, para pensar, analisar e votar, já está chegando ao fim, tendo em vista que, no próximo dia 28, os brasileiros dos 50 municípios que ainda não escolheram os seus mandatários (dentre os quais, a nossa João Pessoa) estarão votando mais uma vez, só que, agora, em caráter definitivo, o que aumenta a responsabilidade de  cada um.

          Como a maioria dos candidatos derrotados no primeiro turno preferiram, por questões as mais variadas, não recomendar aos seus eleitores nenhum dos que continuam disputando as eleições, cabe ao eleitor – é a ele a quem cabe, realmente (e a mais ninguém) – a responsabilidade de escolher, medindo os prós e os contras, quem será o melhor prefeito para conduzir os destinos da nossa cidade a partir de 2013.

          Apesar de serem poucas as cidades – apenas 50 – num universo de 5.568 municípios, elas representam quase 32 milhões de eleitores, ou 22% do total do país, vindo daí, com certeza, mais ainda, a importância da escolha dos seus eleitores, que se espalham por todas as regiões do país, sendo 26 no sudeste, 9 no sul, 8 no nordeste, 5 no norte e 2 no centro-oeste.

           Dessas 50, 17 são capitais, dentre as quais se situa a nossa João Pessoa.

         A nosso ver, o eleitor pessoense (como todos os outros) deverão levar em consideração os valores morais e uma comprovada capacidade do candidato para administrar uma cidade, que envolve, como todos sabem, os mais sérios problemas, exigindo as mais rápidas e oportunas soluções, já que atingem diretamente a todos nós – moradores e eleitores.  

        Aparentemente, parece fácil: quais dos candidatos já comprovou que sabe administrar uma cidade do porte de João Pessoa e se saiu bem, ao assumir funções que tenham exigido a necessária capacidade para tanto ?

         E o partido político a que pertence é uma boa agremiação ?

       É que, agora, com o resultado do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), uma verdadeira quadrilha estava envolvida num sistema de compra de apoio parlamentar na Câmara dos Deputados durante o governo Lula, onde quatro partidos políticos cooptados, especialmente o Partido do Trabalhador (PT), que teve o seu presidente nacional, à época, José Genoino, devidamente condenado.

            O que nos causa repulsa e nos entristece, é notar que, apesar do resultado do julgamento, da força e da coragem dos ministros do STF em condenar a maioria dos réus, a base da presidente Dilma Rousseff inclui não só quatro partidos que fizeram parte do mensalão (PP, PMDB, PTB e PR), mas 19 das 24 legendas representadas na Casa, já que só quatro formam a oposição.

          Ao eleitor pessoense, ante às evidências do noticiário que está diariamente na televisão e nos jornais, assim como em revistas e na internet, fica bem mais fácil raciocinar e, em seu próprio benefício e pelo bem da sua cidade, fazer uma escolha acertada e votar, mais uma vez, com o coração.

              Neste segundo turno, ficou mais fácil votar: separe o jôio do trigo e vote no melhor candidato.

              Vote Cícero.
                                               
                                                                 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 09-10-2012



DECISÃO FINAL
 
                 O segundo turno de qualquer eleição requer do eleitor uma atenção bem maior ainda quanto ao candidato que será votado, já que, no primeiro turno, muitas eram as opções à disposição do eleitorado, facilitando, assim, de certa maneira, a escolha, tantos os projetos que se achavam em discussão.

                Agora, são apenas dois candidatos (os mais votados por boa par-te do eleitorado) e que, agora, no turno decisivo, receberão os votos de todo o eleitorado pessoense, cabendo, ao que obtiver uma maior votação, a difícil tarefa de comandar, como prefeito, os destinos da nossa capital.

                 Os candidatos que não conseguiram chegar ao segundo turno, segundo imagino, não podem, de maneira nenhuma, afastar-se da campanha política, deixando seus eleitores ao léo, desorientados, sem saber em quem votarão agora, já que não podem deixar de comparecer às urnas no segundo turno.

                  Todos eles – como fizeram, logo após tomar conhecimento dos resultados, Maranhão e Estela -, dizendo, numa mensagem, o que pensam a respeito e o que acham que os seus eleitores devem fazer, agora, escolhendo os melhores candidatos para receber seus votos definitivos.

             Como apenas duas opções existem, agora, no segundo turno, está claro que os eleitores pessoenses (especialmente aqueles que não tiveram a alegria de comemorar a vitória dos seus candidatos) devem encontrar, agora, em Cícero Lucena e Luciano Cartaxo, as virtudes e as determinações que precisam para justificar o seu voto.

                     Qual deles é o melhor para governar a nossa cidade ? Qual o que tem mais experiência, mais capacidade e mais aprovação popular no que já fez ? Qual é o que apresenta algum trabalho já realizado em favor do nosso povo e que recebeu, por conta disso, os aplausos da nossa gente ? Dentre os dois, qual o que mais se identifica com os pessoenses, já tendo trabalhado em favor das classes menos favorecidas, das mulheres e crianças, tendo recebido por conta disso, o aplauso de todos ? Qual o que mais sabe manter contato com todas as camadas da população, independente de estarmos ou não num período eleitoral ?

               Neste momento – na hora de votar no segundo turno – a experiência e a comprovada capacidade de trabalho do candidato a prefeito – é uma arma poderosa que o eleitor pessoense tem para usá-la na hora da decisão.

                        Raciocine e vote firme... vote Cícero.                                                                          

terça-feira, 2 de outubro de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 02/10/2012


1a. foto: Deodato, Ary Rodrigues e Epitácio Soares - 2a. foto: Deodato (auditório0

SAUDADES

                As fotos acima, acompanhadas de áudios da antiga Rádio Borborema, numa montagem feita pelo meu filho Deodato (Mike Deodato, Jr.), despertaram, de repente, dentro de mim, recordações de uma época que passou, mas que fez parte da minha vida e ficou para sempre gravada em minha alma.


           Elas remontam ao início da década de sessenta, quando, no alvorecer dos meus vinte e cinco aninhos, em plena juventude, portanto, como produtor da antiga Rádio Borborema de Campina Grande, desdobrava-me na realização de um trabalho que era, ao mesmo tempo, o meu sonho profissional, preparando uma programação para a emissora mais importante daquela região paraibana.

               Na época, cabia ao rádio (já que a TV apenas engatinhava e não existia internet) marcar presença em todos os eventos importantes, como carnaval, natal, ano novo, aniversário da cidade e da emissora, etc. e tal. E cabia a mim, como chefe de programação das emissoras associadas locais, produzir programas que agradassem a todo tipo de ouvintes.

            Para a criançada e para os adolescentes de então foi que surgiu o seria-do “As Aventuras do Flama”, que ia ao ar, de 2ª. â 6ª. Feira, às 13.00 horas, estendendo-se por mais de de 2.200 capítulos, dando nome e força ao herói paraibano. Para os adultos, programas variados, como “Bom Dia Para Você” (crônica diária, que ia ao ar às 11.00 hs., sempre enaltecendo uma figura de alguém em destaque), “Encontro com o passado” (programa diário, às 5 da manhã, feito com músicas antigas, com legendas e atendimento aos ouvintes), “A Semana em Revista” (aos domingos, às 19.00 horas), “Epopéia do Samba” (às 20.00 horas, também aos domingos), “Teatro do Outro Mundo” (Rádio-teatro, com peças fantasmagóricas, às 22.00 horas, encerrando a programação domingueira), “O Cinema em Sua Casa” (filmes famosos em rádio-teatro, com trilhas autênticas), “Patrulha da Cidade” (fazendo com a bandidagem, mas sem deixar a peteca cair, de segunda a sábado, ao meio-dia), “Seu Encrenquinha” (divertidas criticas, enfocando problemas da cidade, às 12.45 hs., diariamente) e “Linhas Cruzadas” (humorismo, envolvendo cenas do cotidiano), tudo escrito e produzido com extrema, a fora as novelas que iam ao ar no horário nobre, às 20 horas, de segunda a sábado, variando entre as de minha autoria e as de Fernando Silveira, um verdadeiro gênio da dramaturgia, com quem aprendi quase tudo o que sabia sobre rádio.

             No período carnavalesco, o bom mesmo era criar algumas marchinhas em cima de temas de novela, como “Paixão de Cigano”, ou envolvendo o disse-me-disse sobre óvnis, como é o caso do “Disco-Voador”, e deixar que intérpretes como Silvinha de Alencar, Maria do Carmo, Vicente Andrade e tantos outros cantassem, sob a regência do maestro Nilo Lima e sua orquestra Borborema.

                  A fora tudo isso, ainda existiam os momentos especiais, como na sexta-feira santa, quando eram transmitidas peças bíblicas devidamente radiofonizadas e com interpretação impecável do nosso “cast” de rádio-teatro.

                  São momentos que fizeram parte da minha vida e que preciso, de vez em quando, relembrá-los, antes que os esqueça.   

                    Clique e ouça os áudios da época.
                                      
  https://www.youtube.com/watch?v=EyDNffHjlz8&feature=player_embedded                 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 28/09/2012



UM BRINDE À SAÚDE

                Nascido ali no bairro da Torre, essa figura que é, hoje, têma da nossa crônica do dia, é um dos mais conceituados médicos da nossa capital,  atuando, há mais de trinta anos, especialmente em hospitais públicos, onde a sua sensibilidade mais se destaca, já que sabe lidar muito bem, no dia-a-dia da sua profissão, com o atendimento respeitoso ao povo, envolvendo especialmente aquelas pessoas mais necessitadas e carentes.
               A figura de quem falo – o Doutor Ari (o Doutor tem que ser mesmo com D maiúsculo) -, é um médico bastante conhecido em nossa cidade, formado em cirurgia geral, com especialização em ultrassonografia, sendo perito médico legal do DML, de onde já foi, inclusive, diretor, tendo atuado, também, no Hospital Santa Isabel e no Hospital de Emergência e Trauma, dentre outros, onde mais se sente à vontade para atender a todos.
              Em conversas informais, Ari tinha confidenciado, por algumas vêzes, que gostaria de ter condições de sugerir ao poder público várias idéias que viessem beneficiar  o nosso povo, através de projetos de lei ou de participações efetivas em realizações governamentais.
             Agora, como candidato a vereador, resolveu dar o primeiro passo, visando alcançar os seus objetivos.
               Entusiasmado com o programa de governo do candidato a préfeito da nossa capital, Cícero Lucena, especialmente na área de saúde pública, o nosso Doutor Ari abraçou de vez a possibilidade de realização do seu sonho, recebendo, é claro, da nossa parte, o maior incentivo, traduzido, é claro, através dos votos que possamos conquistar com o nosso apoio.
              Como quase ninguém o conhece pelo seu nome completo – Aristávora Fernandes da Silva -, pedimos aos amigos que participem do meu entusiasmo e acreditem que o Doutor Ari, caso seja eleito vereador por nossa cidade, desenvolverá, tenho certeza disto, um trabalho da maior importância, não só na área da sua atuação, como em muitas outras, onde o nosso povo, realmente, necessite de uma intervenção para resolver problemas.
              Se a luta for prá valer, melhor ainda: Ari é daqueles que não dá folga aos que agem para prejudicar ao povo e nada fazem para cumprir as promessas feitas na campanha.
          Quem votar, verá: o Doutor Ari será um vereador à altura do seu voto, sempre atendendo ao clamor popular.
                 È claro que existem outros candidatos com a mesma força e os mesmos anseios, mas é no Doutor Ari que acredito e confio.
                   Vamos às urnas.
                                                                                               

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 26/09/2012

                                                 

                                         LADO A LADO


                         Aécio Neves e Cássio Cunha Lima, ambos exercendo, atualmente, o cargo de Senador da República, estarão juntos, hoje, à noite, segundo vem sendo anunciado pela Coligação “João Pessoa pro Futuro”, que tem, como candidato a prefeito da nossa capital, este nosso tranquilo e sempre aplaudido Cícero Lucena, numa grandiosa concentração popular que será realizada no Jampa Hall, em Mangabeira.
                       Como são senadores e pertencem à uma mesma agremiação partidária – o PSDB -, atuando numa mesma casa legislativa e defendendo, é claro, Idênticos princípios democráticos, muitas pessoas, com certeza, haverão de supor que são apenas esses laços políticos que os unem em torno de uma única causa.
                        Acima das ligações partidárias (que também são fortes e devem – por que não ? – influírem na escolha dos caminhos que terão pela frente), Aécio e Cássio têm, por suas histórias de vida, que os impulsionaram em busca dos horizontes políticos, imagens bem parecidas de pessoas que alicerçaram o futuro de cada um deles.
                         Aécio, como já confessou em diversas entrevistas, tem no seu avô, Tancredo Neves que, já eleito Presidente da República, veio a falecer no dia 21 de abril de 1985, antes que pudesse coroar a sua vida com o sonho máximo de comandar os destinos da nação brasileira, embora já tivesse exercido os cargos de primeiro-ministro, em 1961, e de Governador de Minas Gerais, em 1983.
                         Cássio, por sua vez, tem no seu pai, Ronaldo Cunha Lima, o seu melhor exemplo a seguir, já que, não só ele, como a Paraíba inteira, reverencia a memória não só do grande prefeito de Campina e do inesquecível governador do nosso estado, como, também, do poeta vibrante, do deputado federal e senador, que soube conduzir muito bem as suas ações em favor da Paraíba.
               Repetindo as ações do pai, como prefeito de Campina, como deputado federal, como Governador do Estado e como senador da República, o nosso Cássio, com sua força pessoal e com o apoio do nosso povo, está pronto para seguir em frente na sua luta constante em defesa da sua terra.
                     Como é fácil notar, Cássio e Aécio se confundem nas suas histórias familiares e nos exemplos que lhes serviram de base para que construíssem um futuro bem traçado para ambos.
                       E quando essas duas figuras excepcionais se dão as mãos e resolvem, a um só tempo, apoiar a candidatura de Cícero Lucena para prefeito de João Pessoa, nada mais fazem do que garantir, ao povo da nossa capital, que este candidato, realmente, é a melhor opção que o eleitor tem, na hora de votar, para garantir o futuro de todos nós.
                         Realmente, é João Pessoa Pro Futuro.
                                                                                                                     

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 14/09/2012




NOSSAS MULHERES




           Tenho observado sempre, ao longo desta minha vida já bem vivida, que os homens que mais se destacam nas lutas em favor das mulheres, ôntem  e hoje, participando de movimentos feministas ou através de ações isoladas ao ocuparem cargos públicos, são jus-tamente aqueles que têm uma vida familiar exemplar, tanto que transferem o amor e ternura que sentem por suas companheiras para que possam enaltecer e reconhecer as senhoras e se-nhoritas que os rodeiam, transferindo carinho, por conta disso, às crianças de um modo geral.
              Num desses impressos políticos que estão sendp distribuídos nesta campanha política para prefeito de João Pessoa, acabei de receber um deles, inteiramente dedicado às mulheres e às crianças, que é, como bem o conheço, a cara e o coração de Cícero Lucena, um dos candidatos a prefeito da nossa capital.
             Quando ele, em determinado trecho, invoca o testemunho das mulheres que vivem em nossa cidade para avaliar o quanto já realizou no município (quando prefeito, em duas outras administrações), envolvendo as áreas da educação, saúde pública e assistência so-cial , onde atuou com entusiasmo e dedicação em grandes projetos já realizados e que, agora, precisam ser melhorados e ampliados, o futuro prefeito logo recebe o sorriso de apoio do elei-torado feminino que, melhor que ninguém, conhece o trabalho do atual senador.
           É só lembrar os benefícios do programa Mãe Cangurú que reduziu a metade o índice de mortalidade infantil à época ou o Centro Livre Meninada e outras tantas realizações que muito ajudaram a preparar o futuro de crianças e adolescentes. E a Escola Conectada que vem aí, com tablets e livros virtuais para alunos e professores ?  E as 28 creches que atendiam a mais de 2.500 crianças, com quatro refeições e perfeita segurança, oferecendo tranqüilidade para os pais ? E o Instituto da Mulher Saudável que vem aí ? E a Central de Exames... o  Insti-tuto da Boa Visão, o primeiro centro oftalmológico do município ? E o programa Ê prá nascer que vai garantir exames pré-natais, vale-transporte e enxovais para as mamães mais pobres ?
                 Num dia desses, ao presenciar a inauguração de um dos comités de campanha do PSDB, recebi um abraço entusiástico de Lauremília Lucena, e pensei comigo mesmo: será que todo esse trabalho permanente de Cícero em favor das mulheres e das crianças não tem tudo a ver com sua vida familiar exemplar ? Lauremília, sem dúvida, é uma esposa que participa de tudo na vida do maridCícero merece a família que tem e João Pessoa, com certeza, vai ter o prefeito
que merece, se o povo, é claro, a tudo garantir com o seu voto.
                 Em alto e bom som, ele garante: já modernizamos o Hospital Santa Isabel e o entregamos ao povo - só que agora temos um desafio bem maior: reabir a Maternidade Santa Maria, em Mangabeira, equipando-a com uma UTI Néo-natal.
                   As mulheres e as crianças estão na torcida, assim como todo aquele que clama por uma João Pessoa melhor para todos. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 12/09/2012

Ziul Matos (locutor), Deodato Borges (diretor), Roberto Silva
 (sambista)  e Mário Santos (locutor), nos idos dos anos 60.

O PRÍNCIPE DO SAMBA

         Em meados dos anos sessenta, quando ocupei, por algum tempo, a Direção Geral dos Diários Associados em Pernambuco, sempre cuidei, com muito carinho, das programações das emissoras de rádio (Clube e Tamandaré), assim como da Televisão Rádio Clube, que já encantava a todos com seus programas de estúdio e de auditório.
              Sendo fã de carteirinha de Roberto Silva que, à época, já era um dos maiores sambistas do Brasil, denominado o Príncipe do Samba e já conhecido e aplaudido em todo o país, o que o tornava, certamente, num dos artistas mais requi-sitados para shows, tratei de contratá-lo para uma apresentação no auditório da emissora, no lançamento do programa Vozes do Samba.              
               O show de Roberto foi, realmente, um grande sucesso, quando ele interpretou, com a segurança e beleza de sempre, alguns dos seus sambas mais aplaudidos, como Maria Teresa, de Altamiro Carrilho, Escurinho, de Geraldo Pereira, Crioulo Sambista, de Nelson Trigueiro, e tantos outros, transformando a sua apresentação num autêntico sucesso, tendo recebido muitos aplausos de um auditório superlotado de fãs.
            Sendo uma pessoa singular, que encantava a todos com sua simplicidade, Roberto Napoleão da Silva nasceu no Morro do Cantagalo, em Copacabana, no Rio, no dia 9 de abril de 1920, tendo iniciado a carreira como cantor, no rádio, na dé-cada de 30, mas foi nos anos 40, quando já pertencia ao elenco das rádios Nacional e Tupi, que el se tornou conhecido em todo o país, graças ao seu estilo sincopado e do-lente, inspirado nos seus dois maiores ídolos: Cyro Monteiro e Orlando Silva.
            Em 1958, gravou o LP Descendo o Morro, que teve continuações nos volumes 2, 3 e 4, tão grande foi a aceitação popular. No total, gravou 350 discos de 78 rotações relançados em CD, tendo saido, em 1997, a coletânea Roberto Silva Canta Orlando Silva, extraida dos seus vários LPs na Copacabana.
             No último domingo (9 de setembro), Roberto Silva, aos 92 anos, já pa-decendo com um câncer na próstata, sofreu um AVC em sua casa, onde veio a falecer, deixando de luto seus milhões de fãs por todo o Brasil e, de modo especial, a música popular brasileira.
           Seria bom que as gravadoras por onde ele passou, cantando verdadeiros clássicos do nosso ritmo mais contagiante, repassassem todo o seu acêrvo para CDs, premiando, assim, todos os seus fãs espalhados por todo o Brasil, e possibilitando, às novas gerações, conhecer um dos maiores intérpretes da nossa música popular.
           Em todo o país, especialmente no Rio de Janeiro, muitos lamentam o show de despedida de Roberto Silva, o príncipe do samba, que resolveu cantar, para sempre, na eternidade.

                             http://www.youtube.com/watch?v=tM-u-EwQaGc&feature=related






segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A CRÔNICA DO DIA - 03/09/2012



                                 FILOSOFANDO

               Marcus Tulius Cícero nasceu em Arpino, na Grécia, no dia 3 de janeiro do ano 106, antes de Cristo, e foi, com certeza, um grande filósofo, um excepcional orador, um escritor de talento, um advogado sagaz e um grande político romano.
                 Cícero, ao longo da vida, destacou-se, é claro, por suas ações, mas foi com o uso da palavra, escrita ou falada, que ficou para sempre na memória dos povos de todo o mundo, como um dos maiores filósofos de todos os tempos.
                  No programa de governo de Cícero Lucena, observando atentamente tudo o que ele pretende realizar ao longo da sua administração como prefeito de João Pessoa, não resisti ao desejo de interligar muitas das suas ações ao pensamento filosófico do seu xará da antiga Grécia.
            Enquanto o filósofo afirma que “uma casa sem livros é um corpo sem alma”, o nosso administrador e candidato a prefeito moderniza o pensamento e man-tém o seu conceito, ao anunciar que pretende distribuir tablets com mais de 55 mil  alunos e professores da rede pública municipal, interligando-os com o mundo através da internet e colocando, virtualmente, os melhores livros didáticos, gratuitamente, à disposição de todos eles.
                  Quando o pensador grego afirma que “nenhum dever é mais importante do que a gratidão”, envolve, certamente, todo o programa de governo que o nosso Cícero anuncia nesta campanha, que é, em síntese, um gesto de gratidão com o povo pessoense, que já demonstrou confiança no seu trabalho por dois mandatos e, agora, de acordo com o clamor das ruas, confiar, mais uma vez, no futuro prefeito.
               Ao afirmar que ”o maior dos bens é viver com prazer”, o Cícero de outrora parece estar ciente das promessas do Cícero de hoje que, quando eleito, se realizar tudo o que tem garantido ao povo, fará com o que o pessoense, certamente, possa fazer uso dos seus bens, passando a viver com muito mais prazer e alegria.
              No setor de saúde pública, por exemplo, promete perfeito atendimento hospitalar, com a reabertura da Maternidade Santa Maria, em Mangabeira, além da construção de várias novas unidades hospitalares, redefinindo o Hospital Santa Isabel de média para alta complexidade, fortalecendo a parceria com o Hospital Universotá-rio Lauro Wanderley, ao mesmo tempo em que desenvolverá o Programa Saúde Nota 10, implantando, ainda, o Centro de Oftalmologia Municipal e o Instituto da Mulher Saudável; na educação, garantirá educação integral, através da informatização e inclusão digital, retomando, fortalecendo e criando novos programas; e, na ação social, reativará os programas de incentivo aos grupos de produção, pequenos negócios e artesanato local, incentivando as atividades pesqueiras.
                   “O amor conquista todas as coisas”, já dizia o filósofo grego, e com o amor – com o imenso amor que o administrador Cícero sempre declarou à cidade de João Pessoa, é que ele pretende, com a filosofia de sempre, desenvolver uma administração pública municipal que jamais será esquecida.
                     “Não basta conquistar a sabedoria: é preciso saber usá-la”.
                     Isso, o nosso Cícero, já tem provado que sabe usar e dela fará uso mais uma vez.
                     O eleitor que trate de votar pro futuro de João Pessoa.
              

                                                                       

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

COMENTANDO A NOTÍCIA – 27/08/2012


A notícia: Quando o senador Cícero Lucena,  candidato a prefeito de João Pessoa nas próximas eleições, concedeu uma entrevista a TV Cabo Branco no último sábado, foi inquerido a respeito da sua proposta de distribuir tablets com todos os estudantes e professores da rede pública, já que a nossa capital, atualmente, conta com mais de 55 mil alunos em suas escolas. Não seria melhor distribuir livros  ? – perguntaram.
Nosso Comentário:

                           Modernidade necessária

                        Com a simplicidade típica de quem já planejou todas as suas ações, medindo os pós e os contras e, principalmente, o que é mais caro e o que é mais barato, Cíce-ro, com aquela simplicidade que lhe é peculiar, respondeu que a distribuição dos tablets com todos os alunos e professores da rede pública, até poderia implicar, inicialmente, ao se adquirir as primeiras unidades, numa verba bem maior do aquela que seria utilizada, por exemplo, na compra de livros, cadernos, lápis, etc.

                         A entrevistadora, na hora, quis saber do candidato se, em vez de ta-blets, não seria mais barato adquirir o material que já vem sendo usado há tanto tempo, como livros, cadernos, lápis, canetas e réguas, como sempre ?

                             - Barato, sem dúvida, deve ser – respondeu Cícero – mas a força que estaremos dando ao nosso sistema educacional com a distribuição dos tablets com professo-res e alunos das nossas escolas do município logo será sentida em todo o aprendizado, com uma maior integração entre os mestres e a meninada, possibilitando uma melhoria excepcional na qualidade do nosso ensino.
             
                         Na verdade, ninguém pode negar a grandeza do benefício, já que, com os tablets, os professores e alunos passarão a ter uma maior integração e, através da internet, terão acesso imediato a todos os acontecimentos que ocorrem, no momento, em todo o mundo, afora um acesso rápido aos livros digitais que estarão ao alcance de todos, sendo, num futuro próximo, bem mais baratos que os livros e cadernos que seriam adquiridos devida-mente impressos.

                                 A idéia que, a princípio, parece simples e até demagógica, passa a ser, no frigir dos ovos, um avanço gigantesco no desenvolvimento educacional, já que vai envolver, a um só tempo, professores e alunos, todos eles, sem dúvida, dispostos e felizes por acatar a idéia do futuro prefeito, tendo plena consciência do progresso que bate à nossa porta.

                                Se Cícero, na sua entrevista, que envolveu tantos outros temas da maior importância para o desenvolvimento da nossa capital, tivesse ficado restrito a este pro-blema de cunho eminentemente educacional, teria, mesmo assim, recebido os aplausos da maioria dos nossos eleitores, especialmente daqueles que vêem na educação dos nossos jovens um dos alicerces do progresso pess

                                  Parabéns ao Cícero por tão inovadora idéia e que ele, tão logo consiga eleger-se, trate de informatizar o nosso modelo educacional.

                                   É prá frente que se anda.