segunda-feira, 27 de agosto de 2012

COMENTANDO A NOTÍCIA – 27/08/2012


A notícia: Quando o senador Cícero Lucena,  candidato a prefeito de João Pessoa nas próximas eleições, concedeu uma entrevista a TV Cabo Branco no último sábado, foi inquerido a respeito da sua proposta de distribuir tablets com todos os estudantes e professores da rede pública, já que a nossa capital, atualmente, conta com mais de 55 mil alunos em suas escolas. Não seria melhor distribuir livros  ? – perguntaram.
Nosso Comentário:

                           Modernidade necessária

                        Com a simplicidade típica de quem já planejou todas as suas ações, medindo os pós e os contras e, principalmente, o que é mais caro e o que é mais barato, Cíce-ro, com aquela simplicidade que lhe é peculiar, respondeu que a distribuição dos tablets com todos os alunos e professores da rede pública, até poderia implicar, inicialmente, ao se adquirir as primeiras unidades, numa verba bem maior do aquela que seria utilizada, por exemplo, na compra de livros, cadernos, lápis, etc.

                         A entrevistadora, na hora, quis saber do candidato se, em vez de ta-blets, não seria mais barato adquirir o material que já vem sendo usado há tanto tempo, como livros, cadernos, lápis, canetas e réguas, como sempre ?

                             - Barato, sem dúvida, deve ser – respondeu Cícero – mas a força que estaremos dando ao nosso sistema educacional com a distribuição dos tablets com professo-res e alunos das nossas escolas do município logo será sentida em todo o aprendizado, com uma maior integração entre os mestres e a meninada, possibilitando uma melhoria excepcional na qualidade do nosso ensino.
             
                         Na verdade, ninguém pode negar a grandeza do benefício, já que, com os tablets, os professores e alunos passarão a ter uma maior integração e, através da internet, terão acesso imediato a todos os acontecimentos que ocorrem, no momento, em todo o mundo, afora um acesso rápido aos livros digitais que estarão ao alcance de todos, sendo, num futuro próximo, bem mais baratos que os livros e cadernos que seriam adquiridos devida-mente impressos.

                                 A idéia que, a princípio, parece simples e até demagógica, passa a ser, no frigir dos ovos, um avanço gigantesco no desenvolvimento educacional, já que vai envolver, a um só tempo, professores e alunos, todos eles, sem dúvida, dispostos e felizes por acatar a idéia do futuro prefeito, tendo plena consciência do progresso que bate à nossa porta.

                                Se Cícero, na sua entrevista, que envolveu tantos outros temas da maior importância para o desenvolvimento da nossa capital, tivesse ficado restrito a este pro-blema de cunho eminentemente educacional, teria, mesmo assim, recebido os aplausos da maioria dos nossos eleitores, especialmente daqueles que vêem na educação dos nossos jovens um dos alicerces do progresso pess

                                  Parabéns ao Cícero por tão inovadora idéia e que ele, tão logo consiga eleger-se, trate de informatizar o nosso modelo educacional.

                                   É prá frente que se anda.
                                          






sexta-feira, 17 de agosto de 2012

COMENTANDO A NOTÍCIA - 17/08/2012



A notícia: Em 2013, os vereadores de João Pessoa vão ter um aumento de 61,6% nos seus subsídios. Os novos valores foram publicados no Semanário Oficial do Município, edição de 22 a 28 de julho. Atualmente, os vereadores recebem R$ 9.280 de subsídios. Com o novo reajuste, os que assumirem a partir de 1º de janeiro do próximo ano, passarão a ganhar R$ 15 mil. Já o presidente da Câmara perceberá R$ 19.500.
Nosso comentário:
                                              OS SALÁRIOS DOS ELEITOS
                             Toda vez que o poderes executivo ou legislativo concedem a si mesmo um aumento de salário (quase sempre bem acima daquilo que eles merecem), ocorre uma verdadeira revolta popular em todo o país e, se se tratar de uma câmara de vereadores, em todo o município, como acaba de ocorrer, agora, em João Pessoa.
                                 Por puro exagero (se houver comparação com as classes trabalhadoras de todo o Brasil), os vereadores pessoenses deixarão de ganhar, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, 15 mil reais em vez dos ínfimos quase dez mil reais que já recebem, com direito à férias e folgas quando assim desejam. Isso sem falar no presidente da Câmara, que passará a receber quase 20 mil reais.
                           O que causa revolta no aumento de mais de 60 por cento, conseguido, deste modo, sem nenhum bate-boca e sem fazer uso do direito de greve, paralisando praticamente o país inteiro, como ocorre, agora, com milhares de funcionários federais, é a facilidade com que os eleitos decidem o percentual que será utilizado em favor de si mesmos.
                      Em 2002, ao ser eleito deputado federal, Ronaldo Cunha Lima, ante uma situação muito parecida, confidenciou ao seu assessor e amigo: já preparei um decreto, que vai ser levado à discussão na Câmara, que acabará, de uma vez por todas, com essas situações esdrúxulas que ocorrem em todo o país, com os próprios eleitos determinando quanto serão seus aumentos salariais.
                          A coisa seria o seguinte, explicou Ronaldo: todos os salários da cúpula dos governos federais, estaduais e municipais, a começar pelo Presidente da República, Governador de Estado e Prefeito de município, passando por senadores, deputados e juízes de todos os níveis, terão os seus subsídios em salários mínimos. Quer dizer: um Presidente da República passaria a perceber, mensalmente, 40 salários mínimos, um Governador, 32, um senador, 35... e assim por diante. Todos os subsídios seriam pagos em salários mínimos.
                      Com a aprovação do decreto, a Câmara e o Senado continuariam com a responsabilidade de aumentar o salário de todos, só que, para tanto, os deputados e senadores deveriam estar em consonância com o Governo Federal, já que teriam que teriam de aumentar, em primeiro lugar, o salário mínimo do trabalhador brasileiro.
                       Em outras palavras: os eleitos querem aumento salarial, pois acham que estão ganhando pouco e não podem continuar trabalhando em troca de uma miséria ?
                         Não teria problema: bastaria aumentar o salário mínimo do trabalhador.
                     Ronaldo, meses depois, disse que a proposta foi apresentada aos seus pares e, logicamente, engavetada.
                          Agora, lá no céu, só se ele falar com Deus prá resolver o problema. 

                                                                       

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CRÔNICA DA SAUDADE - 14/08/2012

                                             

O REI DO ROCK

         Se vivo fosse, Elvis teria comemorado, no início deste ano, seus oitenta e um anos de vida. Mas a morte o levou exatamente há trinta e nove anos, num mês de agosto como este que estamos atravessando, tendo sido convocada por ele mesmo – que tudo fez para não continuar mais neste mundo – a fim de que pudesse cumprir a sua maravilhosa e, ao mesmo tempo, tríste missão aqui na terra.

           Elvis Aron Presley nasceu no dia 8 de janeiro de 1935, em Tupelo, Missouri, nos Estados Unidos, filhos de agricultores, de origem humilde, tendo mantido os seus primeiros contatos com a música durante a infância, em Memphis, no Tennessee, onde cantou no coro da igreja e recebeu a influência do blues. Contratado pelo produtor musical de rhythmand blues, Sam Philips, então à procura de um cantor branco que cantasse como um negro, foi negociado, no ano seguinte, com a RCA Victor, que deu realmente o destaque que seu nome precisava para surgir no mundo do disco. Ao apresentar-se, em 1956, no programa de televisão dos irmãos Dorsey, foi tão grande a repercussão da sua música, que seu álbum Heartbreak Hotel alcançou, num único ano, a marca de nove milhões de cópias vendidas – à época, uma vendagem verdadeiramente notável.

           Com o filme Love me Tender, primeiro de uma série de 33 – todos com estrondoso sucesso de bilheteria -, Elvis foi se transformando, aos poucos, no rei do rock and roll – título que marcou a sua vida, a sua carreira e que o tornou no grande ídolo de milhões de pessoas em todo o mundo.

           Até no serviço militar, entre 1958 e 1960, quando serviu ao exército dos Estados Unidos, na Alemanha, ele soube transformar a sua imagem de soldado em sucesso sem precedentes. Com seu carisma e sensualidade, o cantor provocava reações histéricas nas platéias fervilhantes de adolescentes, quando seus movimentos sinuosos nos quadris lhe valeram o apelido de The Pélvis.

           Entre seus grandes sucessos musicais, podemos destacar Hound Dog, Love Me Tender, Teddy Bear, It’s Nowor Never, Can’t Help Falling in Love, Surrender, Burning Love, The Wonder of You, Moody Blue e muitas outras musicas marcantes, que ainda hoje são lembradas em todo o mundo.

           Ao falecer, vencido pelas drogas, em 16 de agosto de 1977, oito milhões de cópias dos seus discos se esgotaram em apenas cinco dias, tão grande foi a consternação causada em todo o mundo.

           A sua musica ficou, no entanto, eternizando o mito: se alguém tinha dúvida, agora pode garantir que, realmente,Elvis jamais morreu para seus fãs.

           Ele continua vivo em cada um de nós.

              http://www.youtube.com/watch?v=HZBUb0ElnNY&feature=related                                                                           

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

COMENTANDO A NOTÍCIA - 08/08/2012



SETENTÕES

   
                Se você, todos os dias, no Brasil de hoje, decidir-se por comentar uma notícia que realmente nos interesse e que valha a pena perder o nosso precioso tempo com um único e determinado assunto, saiba que,  em meio aos julgamentos de mensalões  e outros fátos que a gente já sabe que não vão dar em nada, compensamos tudo isso quando lemos ou ouvimos que Caetano Veloso e Milton Nascimento acabam de entrar pro clube dos setentões.
            Caetano teve o seu ingresso no clube anunciado no dia de ôntem, 7 de agosto, data do seu nascimento, em 1942, lá em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, e Milton Nascimento, que também nasceu no mesmo ano, só que no dia 26 de outubro, no Rio, mas que já está pronto para assumir o seu lugar ao lado do parceiro e amigo.
                  Os dois novos setentões mal podem acreditar que continuam os mesmos de antigamente, como se o tempo não tivesse passado, já que persistem firmes em seus ideais, usando, como sempre, a inteligência e a criatividade para criar novas melodias, interpretando-as com a mesma genialidade, como se o ontem e o hoje fossem um só tempo.
                     Quem diria que aquele menino raquítico, que aprendeu a tocar violão logo cedo, em Salvador,  e ao acompanhar a sua irmã mais nova, a cantora Maria Bethânia, em suas apresentações por todo o Brasil, com o espetáculo “Opinião”, acabou gravando seu primeiro compacto -  “Cavaleiro/ Samba em Paz” -, em 1965.
                  A partir daí, já tendo feito amizade com Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou de festivais e compôs trilhas sonoras de alguns filmes, gravando, em 1967, seu primeiro LP – “Domingo” -  e, no ano seguinte, lidera o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro, ao gravar o disco “Tropicália ou Panis et Circenses”, ao lado de vários músicos. Em 1968, em plena ditadura militar, lança o hino “É proibido proibir” no III Festival Internacional da Canção. No ano seguinte, é preso pelo regime militar e parte para um exílio político em Londres, só retornando ao país em 1972, quando voltou à sua vida normal, tornando-se um dos artistas brasileiros mais influentes em todos os tempos.
                   Já o Bituca, o Milton Nascimento, é filho de Maria Nascimento, uma empregada doméstica muito humilde, que foi mãe solteira, mas registrou o filho e o levou para a casa dos patrões. Ao ser demitida, notou que não tinha condições de criar o garoto, tamanha era a miséria em que vivia, e o entregou à um casal para criá-lo. A mãe adotiva, Lilian Silva Campos, era professora de música, e o pai, Josino Campos, era dono de uma emissora de rádio.
                 Hoje, o talento de Milton Nascimento é reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da música popular brasileira, sendo reverenciado também na sua terra natal, graças às músicas de sua autoria que o nosso povo jamais conseguiu esquecer.
                 Milton e Caetano... dois gênios da nossa música popular... dois setentões que recebem do povo uma merecida consagração... dois gênios que o Brasil espera festejar, algum dia, o centenário de ambos.

                                          
                                                                                                          

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

COMENTANDO A NOTÍCIA - 31/07/2012



COMENTANDO A NOTÍCIA – 31/07/2012

A notícia: A 37ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande está sendo encerrada no dia de hoje e uma das novidades do evento foi a realização da Mostra Nacional de Vídeo e Dança, sendo que a programação contou ainda com várias apresentações culturais que foram vistas no Teatro Severino Cabral, em tablados montados na Praça da Bandeira, na Feira Central e no Centro de Arte e Cultura da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Nosso Comentário:

                                           MAIS UM FESTIVAL

             Parece que foi ontem, mas 35 anos então já se passaram, desde que, como presidente da EMDEB (Empresa de Desenvolvimento da Borborema), antigo órgão da Prefeitura Municipal de Campina Grande, pude viver as emoções e o nervosismo, de ter, sob os ombros, a responsabilidade de apresentar, ao povo campinense, um Festival de Inverno que simbolizasse toda a força cultural e artística da nossa gente.
           Recordo-me da ansiedade que dominava toda a equipe, já que as obras de recuperação do teatro, envolvendo ampliação e pintura, estavam concluídas, mas faltava, agora, a reinauguração da casa de espetáculos, o que ocorreria justamente com abertura do Festival de Inverno.
               Ao conversar com Eneida (Eneida Agra, a coordenadora de todo o setor artístico e cultural do Festival), tinha a certeza de que o evento seria realizado com o maior êxito possível, trazendo, para Campina, a atenção de todo o Brasil, graças aos grupos artísticos de várias regiões do país que ali estariam se apresentando para o público paraibano.
         Um fato curioso e, ao mesmo tempo, pitoresco, ocorreu com um dos grupos artísticos convidados, envolvendo um corpo de balé do Rio Grande do Sul.
             Na reforma realizada no Teatro Municipal, ampliamos os setores dos camarins, instalando, ao lado, um local que seria utlizado como dormitório para uma ou mais equipes convidadas.
             Como a equipe de balé gaucha fôra sorteada para ocupar os novos dormitórios e, segundo observamos, a área era muito ventilada e o inverno campinense da época bastante frio, solicitamos que todos os participantes providenciassem cobertores e agasalhos.
             Segundo tomamos conhecimento depois, os gaúchos riram à vontade da nossa recomendação de que teriam que trazer, na bagagem, agasalhos e cobertores, a fim de que pudessem resistir ao frio de uma cidade, encravada na serra da Borborema, entre o cariri, o sertão e o agreste paraibano, onde ocorrem sêcas costantes.
           Quando os bailarinos aqui chegaram, num dos mais rigorosos invernos campinenses de todos os tempos, tivemos que arranjar, à noite, com o exército, dezenas de cobertores e agasalhos, para atender aos gaúchos que tremiam de frio nos novos dormitórios do teatro, já que não tinham trazido nada que os protegessem .
          Afora esses pequenos e divertidos incidentes, o Festival de Inverno foi um sucesso estrondoso, passando, a partir dali, a ser aguardado, anualmente, pela população paraibana, e com repercussão em todo o país.
                  Tantos anos depois, fico feliz em saber que Campina continua firme e forte com o seu maravilhoso e cada vez mais vibrante Festival de Inverno.